A importância da suplementação mineral para a saúde e engorda do gado
A suplementação mineral complementa a dieta animal na época de chuvas, quando há abundância de pasto. Entretanto, apesar de uma significativa melhora na composição da forragem, como proteína, carboidratos e fibras, não há, na mesma proporção, melhorias na composição mineral. O pesquisador da Embrapa Luiz Orcírio Oliveira revela que o potencial de ganho de peso proporcionado pela vantagem dos componentes orgânicos corre o risco de ser limitado pela ausência ou deficiência de minerais.
Para a produção de animais jovens e precoces, a suplementação é essencial, na seca e nas águas, segundo Oliveira. “Dados que acompanhamos em diversas propriedades na região de Cerrado, em pastagens de Brachiaria brizantha, dividindo o ano em dois períodos (seca e águas), mostraram que com apenas suplementação de mineral nas águas e proteicos na seca, os ganhos médios em cada período são de até 200 gramas na seca, e 600 nas águas. Isso corresponde a um ganho médio anual de 400 gramas e em tais condições é difícil terminar um animal em 24 meses. É importante estabelecer um plano nutricional para o rebanho”, frisa Oliveira.
Geralmente, a suplementação para bovinos nas pastagens brasileiras exige os seguintes ingredientes e sua matéria-prima:
- Cálcio – Carbonato de cálcio;
- Fósforo – Fosfato bicálcico;
- Sódio – Sal branco;
- Enxofre – Flor de enxofre;
- Magnésio – Óxido ou sulfato de magnésio;
- Manganês – Sulfato de manganês;
- Ferro – Sulfato de ferro;
- Zinco – Óxido ou sulfato de zinco;
- Cobre – Óxido ou sulfato de cobre;
- Iodo – Iodato de cálcio ou de potássio;
- Cobalto – Sulfato de cobalto;
- Selênio – Selenito ou selenato de sódio.
A sugestão deve-se ao fato de que, apesar dos avanços no número de animais suplementados, há uma parcela considerável com suplementação inadequada ou até mesmo sem complemento. Para os pesquisadores, não suplementar resulta em prejuízos e aumento do custo final do boi.
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