Uma técnica de inoculação que permite crescimento das proteínas do capim- braquiária
A tecnologia consiste na inoculação do capim com Azototal, primeiro produto comercial com registro para braquiárias. Trata-se de um inoculante que contém estirpes selecionadas da bactéria Azospirillum brasilense. “Com a inoculação, as forrageiras poderão dispor de 25% a mais de proteína, o que irá melhorar a qualidade nutricional da alimentação dos animais”, relatam os pesquisadores da Embrapa Mariangela Hungria e Marco Antonio Nogueira, que participaram do desenvolvimento da tecnologia.A nova tecnologia foi desenvolvida pela Embrapa Soja, em parceria com a empresa Total Tecnologia, pode promover o incremento na produção de biomassa e no conteúdo de proteína do capim-braquiária, aumentando-a de 15% na produção e 25% a mais biomassa. “Esses números são excepcionais e podem impactar positivamente a agropecuária”, afirma Mariangela Hungria. A Azospirillum brasilense é classificada como “bactéria promotora do crescimento de plantas”. O principal efeito desse microrganismo é a produção de fitormônios, que resultam, principalmente, em incrementos consideráveis na biomassa de raízes. “Com o maior crescimento das raízes, a capacidade da forrageira para explorar o solo em busca de nutrientes e água é ampliada e permite, inclusive, maior aproveitamento do fertilizante aplicado”, explica a cientista da Embrapa.
Estima-se que o Brasil tenha cerca de 180 milhões de hectares ocupados por pastagens, a grande maioria com braquiárias. Desse total, cerca de 70% encontram-se em algum estágio de degradação. “A recuperação de áreas com pastagens degradadas de braquiárias, usando a combinação de fertilizante nitrogenado e Azospirillum pode trazer, com baixo custo para o agricultor, um grande impacto na agropecuária brasileira, não só pela maior produção de biomassa, mas também por meio da melhoria na qualidade proteica na alimentação do gado”, relata a pesquisadora.
EMBRAPA
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