Fortaleza sedia o quinto Congresso Brasileiro de Recursos Genéticos
O
diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Embrapa,
Celso Moretti, defendeu que a pesquisa com recursos genéticos é uma
questão de segurança nacional. O pesquisador ministrou a palestra
“Valor, uso e inovação: o futuro dos recursos genéticos” na abertura do V
Congresso Brasileiro de Recursos Genéticos (CBRG), realizada na
terça-feira (6), no Hotel Praia Centro, em Fortaleza (CE).
Moretti afirmou que os recursos genéticos estão na base do desenvolvimento da bioeconomia e da competitividade e sustentabilidade da agricultura e da pecuária brasileiras. Ele lembrou que os bancos de germoplasma contêm um valioso patrimônio, que representa a base para a solução de vários problemas. “No Brasil, 23% do PIB depende do agronegócio. Imaginem uma doença séria na cadeia produtiva do milho, ou na pecuária de corte, ou no algodão, ou soja, ou na produção de frutas? Onde vamos buscar resistência, onde vamos pesquisar resistência? Nos nossos bancos de germoplasma. Ali pode estar a solução de vários problemas”, disse.
O diretor defendeu ainda que os recursos genéticos são uma base para a inovação. “A inovação não acontece dentro dos muros dos institutos de pesquisa, dentro dos muros das universidades, mas acontece no mundo real, nos campos de produção. Os recursos genéticos contribuem para isso”, disse. Para Moretti, é necessária uma visão dinâmica da gestão dos recursos genéticos, superando assimetrias entre a conservação, a pesquisa e o uso.
Durante a palestra, ele mostrou que o Brasil foi capaz de desenvolver uma agricultura baseada em ciência, que ajudou o País a enfrentar o desafio de produzir alimentos nos trópicos e a passar de uma situação de importador líquido de alimentos para se tornar um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. Afirmou, ainda, que os agricultores brasileiros conseguem produzir com sustentabilidade e que 25% do território está protegido dentro das propriedades rurais.
"Não existe outro pais do mundo que produza e preserve mais do que o Brasil. Nós temos US$ 750 bilhões imobilizados dentro das áreas de preservação permanente e das reservas legais nas propriedades rurais dos produtores brasileiros".
Congresso
O V Congresso Brasileiro de Recursos Genéticos (V CBRG) prossegue até esta sexta-feira (9). O evento é realizado a cada dois anos pela Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos (SBRG). Esta edição contou com a parceria da Embrapa.
A presidente do V CBRG, a pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical Ana Cecília Ribeiro, lembra que os estudos, o uso e a valoração dos recursos genéticos impactam o agronegócio e a segurança alimentar. “É dessa fonte de recursos que vão vir cultivos melhorados, tolerância a doenças de plantas, soluções para a convivência com a seca, soluções para a indústria e uma quantidade enorme de possibilidades que estão dentro da nossa biodiversidade.”
Além de Moretti e Ana Cecília, participaram da abertura o presidente da SBRG, Alexandre Floriani Ramos; o coordenador-geral de Qualidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fabrício Santos; o gerente de produtos e serviços da Superintendência de Políticas de Desenvolvimento do Banco do Nordeste, Mário Eduardo Fraga da Silva; o articulador do Sebrae Ceará, Paulo Jorge Mendes Leitão; a professora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido Débora Façanha; e a professora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Lara Sette.
Pouco antes da abertura do evento, ocorreu a reunião anual de curadores dos bancos de germoplasma ligados ao Consultative Group on International Agricultural Research (Conselho de Pesquisa Agrícola Internacional) – CGIAR. Os bancos de germoplasma ligados ao CGIAR atuam distribuindo amostras de material genético para usuários externos e cientistas ligados ao conselho.
O grupo de curadores visitou o Campo Experimental de Pacajus (CEP) da Embrapa Agroindústria Tropical na última segunda-feira (5) e conheceu o Banco de Germoplasma de Cajueiro da Embrapa (BAG Caju). Saiba mais aqui.
II Feira Nacional dos Guardiões da Agrobiodiversidade
Paralelamente ao congresso, Fortaleza sedia também a II Feira Nacional dos Guardiões da Agrobiodiversidade, evento gratuito e aberto ao público com o objetivo de valorizar os trabalhos de conservação e uso racional da agrobiodiversidade realizados por agricultores tradicionais. Participam produtores, indígenas, quilombolas e outros representantes de comunidades tradicionais. Na programação, está prevista a apresentação de palestras, painéis e minicursos com profissionais que atuam na área de recursos genéticos.
Moretti afirmou que os recursos genéticos estão na base do desenvolvimento da bioeconomia e da competitividade e sustentabilidade da agricultura e da pecuária brasileiras. Ele lembrou que os bancos de germoplasma contêm um valioso patrimônio, que representa a base para a solução de vários problemas. “No Brasil, 23% do PIB depende do agronegócio. Imaginem uma doença séria na cadeia produtiva do milho, ou na pecuária de corte, ou no algodão, ou soja, ou na produção de frutas? Onde vamos buscar resistência, onde vamos pesquisar resistência? Nos nossos bancos de germoplasma. Ali pode estar a solução de vários problemas”, disse.
O diretor defendeu ainda que os recursos genéticos são uma base para a inovação. “A inovação não acontece dentro dos muros dos institutos de pesquisa, dentro dos muros das universidades, mas acontece no mundo real, nos campos de produção. Os recursos genéticos contribuem para isso”, disse. Para Moretti, é necessária uma visão dinâmica da gestão dos recursos genéticos, superando assimetrias entre a conservação, a pesquisa e o uso.
Durante a palestra, ele mostrou que o Brasil foi capaz de desenvolver uma agricultura baseada em ciência, que ajudou o País a enfrentar o desafio de produzir alimentos nos trópicos e a passar de uma situação de importador líquido de alimentos para se tornar um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. Afirmou, ainda, que os agricultores brasileiros conseguem produzir com sustentabilidade e que 25% do território está protegido dentro das propriedades rurais.
"Não existe outro pais do mundo que produza e preserve mais do que o Brasil. Nós temos US$ 750 bilhões imobilizados dentro das áreas de preservação permanente e das reservas legais nas propriedades rurais dos produtores brasileiros".
Congresso
O V Congresso Brasileiro de Recursos Genéticos (V CBRG) prossegue até esta sexta-feira (9). O evento é realizado a cada dois anos pela Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos (SBRG). Esta edição contou com a parceria da Embrapa.
A presidente do V CBRG, a pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical Ana Cecília Ribeiro, lembra que os estudos, o uso e a valoração dos recursos genéticos impactam o agronegócio e a segurança alimentar. “É dessa fonte de recursos que vão vir cultivos melhorados, tolerância a doenças de plantas, soluções para a convivência com a seca, soluções para a indústria e uma quantidade enorme de possibilidades que estão dentro da nossa biodiversidade.”
Além de Moretti e Ana Cecília, participaram da abertura o presidente da SBRG, Alexandre Floriani Ramos; o coordenador-geral de Qualidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fabrício Santos; o gerente de produtos e serviços da Superintendência de Políticas de Desenvolvimento do Banco do Nordeste, Mário Eduardo Fraga da Silva; o articulador do Sebrae Ceará, Paulo Jorge Mendes Leitão; a professora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido Débora Façanha; e a professora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Lara Sette.
Pouco antes da abertura do evento, ocorreu a reunião anual de curadores dos bancos de germoplasma ligados ao Consultative Group on International Agricultural Research (Conselho de Pesquisa Agrícola Internacional) – CGIAR. Os bancos de germoplasma ligados ao CGIAR atuam distribuindo amostras de material genético para usuários externos e cientistas ligados ao conselho.
O grupo de curadores visitou o Campo Experimental de Pacajus (CEP) da Embrapa Agroindústria Tropical na última segunda-feira (5) e conheceu o Banco de Germoplasma de Cajueiro da Embrapa (BAG Caju). Saiba mais aqui.
II Feira Nacional dos Guardiões da Agrobiodiversidade
Paralelamente ao congresso, Fortaleza sedia também a II Feira Nacional dos Guardiões da Agrobiodiversidade, evento gratuito e aberto ao público com o objetivo de valorizar os trabalhos de conservação e uso racional da agrobiodiversidade realizados por agricultores tradicionais. Participam produtores, indígenas, quilombolas e outros representantes de comunidades tradicionais. Na programação, está prevista a apresentação de palestras, painéis e minicursos com profissionais que atuam na área de recursos genéticos.
Embrapa Agroindústria Tropical
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