Exportações
Exportação de soja do Brasil deve superar marca de 80 milhões de toneladas em 2018
As exportações de soja do Brasil deverão superar em 2018 a marca das 80 milhões de toneladas
As exportações de
soja do Brasil deverão superar em 2018 a marca das 80 milhões de
toneladas, contra as 68 milhões de toneladas no ano passado, com os
embarques do país se mantendo fortes em função da demanda da China. Os
dados são da programação de navios nos portos e de um negociante.
Em disputa comercial com os Estados
Unidos, a China voltou-se para o Brasil, maior exportador global de
soja, após taxar o produto norte-americano em meados do ano.
A exportação de soja do Brasil no
acumulado do ano até a segunda semana de novembro somou 76.4 milhões de
toneladas, segundo dados do governo brasileiro. Até o dia 5 de dezembro,
o Brasil deverá embarcar mais 3.2 milhões de toneladas, segundo dados
do “line-up” de navios da agência Williams, volume que considera
exportações a partir desta segunda-feira.
O volume de exportação esperada para o ano
supera as estimativas da Associação Brasileira da Indústrias de Óleos
Vegetais (Abiove), que na semana passada revisou para cima seus números
de vendas externas em 2018 para 79 milhões de toneladas da oleaginosa.
Na avaliação do presidente da originadora
de grãos Agribrasil, Frederico Humberg, o País conseguirá exportar ainda
mais em 2018, ou algo entre 82 milhões e 83 milhões de toneladas.
Humberg, que está em viagem de negócios
pela China, afirmou que o Brasil conseguirá elevar mais seus embarques
neste final de ano por conta de estoques maiores que os estimados, além
de uma colheita em 2018 superior às previsões.
Pelos dados da Agribrasil, as exportações
no ano até 1º de novembro já haviam atingido 76 milhões de toneladas, um
volume maior do que o visto até aquela data pelo governo brasileiro
(74.5 milhões de toneladas).
“Já exportamos 76 milhões e há mais 4.2
milhões de toneladas programados em navios na fila pra carregar (até o
fim de novembro). Ou seja, o Brasil deve exportar este ano de 82 a 83
milhões de toneladas. Recorde absoluto!”, disse Humberg à Reuters.
Os volumes de exportação obtidos no
mercado consideram o total efetivamente embarcado, diferentemente do
governo, o que pode explicar a diferença.
O presidente da Agribrasil não descartou
que, diante dos fortes embarques que reduzem a oferta da oleaginosa do
Brasil, o país acabe importando alguns volumes adicionais para ser
processado pela indústria nacional, até a chegada da nova safra,
esperada para a segunda quinzena de dezembro.
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