Estratégias simples em fazendas e usinas reduzem riscos de surtos de mosca-dos-estábulos
Propriedades
rurais localizadas próximas a usinas sucroalcooleiras devem redobrar a
atenção em relação à mosca-dos-estábulos. Nesse período de final de
safra de cana e aumento das chuvas podem ocorrer surtos do inseto nas
fazendas que trabalham com gado de leite ou de corte.
Com a colheita da cana-de-açúcar há acúmulo de subprodutos orgânicos. A palha da cana misturada com a vinhaça ou vinhoto (resíduo da destilação do caldo fermentado durante a produção de álcool) sobre o solo forma um ambiente propício para o desenvolvimento e multiplicação de moscas.
De acordo com o pesquisador Alessandro Minho, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), apesar dos surtos serem mais comuns nas proximidades de usinas, também podem ocorrer quando há destinação inadequada de resíduos em confinamentos ou mau uso da cama de frango e efluentes nas fazendas de pecuária de leite ou de corte.
Os prejuízos estimados no Brasil anualmente podem chegar a 350 milhões de dólares. A mosca-dos-estábulos é hematófaga e parasita vários animais. Nos bovinos, ela causa perdas de cerca de 20% no ganho de peso e de até 50% na produção de leite. “A picada da mosca é muito dolorida. No caso de alta infestação, o gado se agrupa para se proteger das picadas. Aí os animais ficam sem beber água e sem comer. Além disso, a mosca pode ser vetor de várias doenças”, explica o pesquisador. Ainda, ele ressalta que outras perdas, como as reprodutivas, não são calculadas, mas existem.
Algumas medidas são recomendadas para reduzir o número de moscas-dos-estábulos e evitar surtos. Tanto o produtor rural, como os responsáveis pelas usinas devem tomar as precauções necessárias. A prevenção é a melhor estratégia.
A higiene das instalações pecuárias é essencial. Deve-se remover e destinar corretamente os resíduos alimentares (feno, silagem e concentrado) e os dejetos animais. A compostagem pode ser uma alternativa. Revolver o material de compostagem e drenar a água da chuva também estão entre as boas práticas para evitar surtos da mosca nas criações de bovinos.
Já nas usinas, devido ao volume de matéria orgânica e grandes áreas de cultivo de cana-de-açúcar, o controle é mais complexo. Entre as medidas indicadas pelo pesquisador estão: o monitoramento da quantidade de moscas, a elaboração de laudo com a previsão de cenários futuros para identificar possíveis surtos, a redução do volume de vinhaça por hectare, que pode ser feita implantando o concentrador de vinhaça, o recolhimento da palha ou sua incorporação no solo. Os cuidados com o revolvimento da torta de filtro (resíduo proveniente da filtração do caldo extraído das moendas) também é fundamental para o controle adequado desse inseto.
É importante que essas estratégias sejam incluídas na rotina das fazendas e usinas. “Devido aos prejuízos econômicos acarretados por essa praga, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo sancionou a Resolução SAA 38/2017 que criou o programa de controle e prevenção do surto da mosca-dos-estábulos. Na resolução estão listadas várias ações a serem tomadas para que pecuaristas e usineiros possam agir em conjunto na solução desse problema que afeta a agropecuária e a saúde pública do nosso estado”, ressaltou Minho.
Com a colheita da cana-de-açúcar há acúmulo de subprodutos orgânicos. A palha da cana misturada com a vinhaça ou vinhoto (resíduo da destilação do caldo fermentado durante a produção de álcool) sobre o solo forma um ambiente propício para o desenvolvimento e multiplicação de moscas.
De acordo com o pesquisador Alessandro Minho, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), apesar dos surtos serem mais comuns nas proximidades de usinas, também podem ocorrer quando há destinação inadequada de resíduos em confinamentos ou mau uso da cama de frango e efluentes nas fazendas de pecuária de leite ou de corte.
Os prejuízos estimados no Brasil anualmente podem chegar a 350 milhões de dólares. A mosca-dos-estábulos é hematófaga e parasita vários animais. Nos bovinos, ela causa perdas de cerca de 20% no ganho de peso e de até 50% na produção de leite. “A picada da mosca é muito dolorida. No caso de alta infestação, o gado se agrupa para se proteger das picadas. Aí os animais ficam sem beber água e sem comer. Além disso, a mosca pode ser vetor de várias doenças”, explica o pesquisador. Ainda, ele ressalta que outras perdas, como as reprodutivas, não são calculadas, mas existem.
Algumas medidas são recomendadas para reduzir o número de moscas-dos-estábulos e evitar surtos. Tanto o produtor rural, como os responsáveis pelas usinas devem tomar as precauções necessárias. A prevenção é a melhor estratégia.
A higiene das instalações pecuárias é essencial. Deve-se remover e destinar corretamente os resíduos alimentares (feno, silagem e concentrado) e os dejetos animais. A compostagem pode ser uma alternativa. Revolver o material de compostagem e drenar a água da chuva também estão entre as boas práticas para evitar surtos da mosca nas criações de bovinos.
Já nas usinas, devido ao volume de matéria orgânica e grandes áreas de cultivo de cana-de-açúcar, o controle é mais complexo. Entre as medidas indicadas pelo pesquisador estão: o monitoramento da quantidade de moscas, a elaboração de laudo com a previsão de cenários futuros para identificar possíveis surtos, a redução do volume de vinhaça por hectare, que pode ser feita implantando o concentrador de vinhaça, o recolhimento da palha ou sua incorporação no solo. Os cuidados com o revolvimento da torta de filtro (resíduo proveniente da filtração do caldo extraído das moendas) também é fundamental para o controle adequado desse inseto.
É importante que essas estratégias sejam incluídas na rotina das fazendas e usinas. “Devido aos prejuízos econômicos acarretados por essa praga, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo sancionou a Resolução SAA 38/2017 que criou o programa de controle e prevenção do surto da mosca-dos-estábulos. Na resolução estão listadas várias ações a serem tomadas para que pecuaristas e usineiros possam agir em conjunto na solução desse problema que afeta a agropecuária e a saúde pública do nosso estado”, ressaltou Minho.
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