Negociação para exportar bovinos vivos foi acertada com Arábia Saudita
Missão à Ásia
Em
novembro, nova reunião será realizada em Riade, com representantes dos
dois países, incluindo empresários, para tratar de detalhes operacionais
Para
acertar os detalhes operacionais e comerciais de exportação de bovinos
vivos para a Arábia Saudita, integrantes do Departamento de Saúde Animal
(DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do
Ministério de Meio Ambiente, Água e Agricultura daquele país (MEWA),
além de empresários dos países, se reunirão em novembro, em Riade. O
diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques,
disse que produtores brasileiros preveem exportar até 150 mil animais
por ano destinados ao abate e reprodução.
No domingo (30), o Brasil concluiu
negociação iniciada em 2014 para a exportação de animais vivos à Arábia
Saudita, durante missão organizada pelo Mapa. Na oportunidade, foi
acertado o modelo de certificação que será firmadoa pelo Mapa para
animais destinados aquele país.
A abertura de mercado foi baseada em
resultados da missão veterinária saudita que esteve no Brasil em maio.
Na oportunidade, inspetores sauditas visitaram os escritórios do
ministério no Mato Grosso e no Pará, o laboratório oficial (Lanagro/PE),
o porto de exportação de animais vivos localizado no Pará, e fazendas
de criação e de exportação de gado. A missão técnica concluiu que os
controles aplicados pelo Brasil para Encefalopatia Espongiforme Bovina
(EEB) estão de acordo com as condições estabelecidas pela Arábia Saudita
e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Conforme o diretor, a exportação de
gado vivo é uma atividade praticada somente por países que possuem
rígido controle sanitário dos seus rebanhos. A exportação de gado também
representa um canal de escoamento da produção, contribuindo para a
melhoria da rentabilidade do produtor rural que consegue melhorar a
sanidade do plantel, os protocolos nutricionais, a gestão da propriedade
e, consequentemente, gerar emprego e contribuir com a balança comercial
brasileira.
Nos últimos sete anos (2010-2017), a
atividade gerou US$ 3,7 bilhões em divisas ao país. No ano passado, a
exportação de bovinos vivo garantiu faturamento de mais de US$ 276
milhões e neste ano as exportações já superaram US$ 300 milhões.
Os sauditas também querem iniciar
tratativas para a elaboração de normas (Certificado Zoosanitário
Internacional) que viabilizem a importação de material genético de bois e
de aves do Brasil. “A Arábia representa a possibilidade dos
exportadores brasileiros diversificarem suas vendas no Oriente, em um
mercado de alto poder aquisitivo”, observou o diretor.
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