Novas perspectivas para ovinocultura e caprinocultura em pauta no PECNordeste 2018
Cenário
atual e perspectivas de sustentabilidade da ovinocaprinocultura no
Nordeste foi o tema abordados pelos palestrantes Tadeu Voltolini, da
Embrapa Semiárido, e Ana Clara Cavalcante, da Embrapa Caprinos e Ovinos,
que encerraram a programação sobre caprinos e ovinos no PECNordeste
2018, neste dia 7 de julho.
Voltolini
apresentou a caracterização da atividade na região de Pernambuco.
Segundo ele, a maior parte dos produtores pratica a pecuária extensiva,
com 63% dependendo exclusivamente da caatinga. “Isso significa que para
manter a sustentabilidade é preciso ter equilíbrio dos animais na
vegetação a fim de evitar prejuízos ambientais com a superlotação”.
O
pesquisador ressaltou que, em função das mudanças climáticas, é
necessário que o produtor adote medidas para se adaptar à escassez ou
excesso de chuvas. Como se preparar? O pesquisador aponta alguns
caminhos: assistência técnica e crédito; eficiência bioeconômica para
evitar perdas e aumentar a produtividade; além de tecnologias mais
simples e mais fáceis de serem adotadas, que segundo ele são mais
indicadas para sistemas extensivos. “Também é preciso uma nova relação
com o ambiente, é preciso produzir e manter a terra para as futuras
gerações, fazendo consórcio de culturas, recuperando áreas, manejando
corretamente o pasto, enriquecendo a caatinga”.
A
pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos, Ana Clara Cavalcante,
abordou a inovação social e tecnológica para sustentabilidade da
ovinocaprinocultura no Nordeste. Ela falou sobre a necessidade de
intensificar, de forma sustentável, a eficiência dos sistemas de
produção das propriedades rurais do Semiárido, que geralmente são de até
10 hectares.
De acordo com Ana
Clara, o trabalho da Embrapa tem buscado ir além das inovações
tecnológicas, porque estudos demonstram que apenas as tecnologias não
são suficientes para mudar os índices de desenvolvimento humano e gerar
desenvolvimento para a região semiárida. Entre os desafios a serem
superados, a pesquisadora destaca o pequeno tamanho das propriedades;
baixo nível de organização; a suscetibilidade dos produtores aos
atravessadores; além de políticas públicas que incentivaram o aumento da
produção e a organização do produtores, mas criaram certa dependência.
Ela
afirma que o trabalho da Embrapa em prol do desenvolvimento rural
sustentável tem o desafio de auxiliar os produtores em busca de
autonomia e acesso a mercados. “O Brasil é muito grande, assim a Embrapa
acredita na abordagem territorial, que leva em conta as
particularidades e autonomia dos agricultores”.
Workshop discute resultados iniciais de projeto
No período da manhã, técnicos responsáveis pelas Unidades de Referência Tecnológicas (URTs) do Projeto Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável reuniram-se em um workshop para apresentar os resultados alcançados no primeiro ano do projeto. Durante o encontro, eles falaram sobre as particularidades de cada local, o que foi alcançado até agora e os desafios a serem superados.
No período da manhã, técnicos responsáveis pelas Unidades de Referência Tecnológicas (URTs) do Projeto Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável reuniram-se em um workshop para apresentar os resultados alcançados no primeiro ano do projeto. Durante o encontro, eles falaram sobre as particularidades de cada local, o que foi alcançado até agora e os desafios a serem superados.
O
projeto é realizado em parceria pela Embrapa e Confederação a
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e envolve municípios do Nordeste
e norte de Minas Gerais, onde são testadas as espécies forrageiras para
utilizadas no Seminário para a seleção das variedades com maior
adaptação às condições da região.
Durante
o PECNordeste, a Embrapa Caprinos e Ovinos também promoveu duas
oficinas sobre o aplicativo Orçamento Forrageiro, que auxilia o produtor
no planejamento da alimentação dos rebanhos, de modo a garantir a
segurança alimentar dos animais.
Embrapa Caprinos e Ovinos
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