Governo se prepara para ter mais controle sobre a qualidade e sanidade do leite
Para melhorar a qualidade e sanidade do leite e aumentar a renda dos produtores, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu consulta pública, pelo prazo de 60 dias, para aperfeiçoar as normas que regulam o produto. As propostas estão contidas nas Portarias 38 e 39 do Mapa, publicadas no Diário Oficial.
A coordenadora do Grupo de Trabalho que revisou a normatização e responsável pela Coordenação de Caracterização de Risco do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Superintendência Federal de Agricultura do Rio de Janeiro (SFA/RJ), Mayara Souza Pinto, explica que as principais modificações deverão ser a redução de 10 graus para 7 graus da temperatura máxima do leite cru; exigência de análise, no laticínio, para verificação de presença de antibiótico ou produtos destinados a fraudar o leite; exigência de controle microbiológico (contagem bacteriana) no produto recebido e estocado no laticínio.
Segundo a auditora fiscal agropecuária, foi mantida a contagem de células somáticas (indicativas de inflamação no úbere) e de bactérias presentes no leite, pois antes de qualquer alteração, será preciso melhorar a sanidade do rebanho e investir em educação sanitária dos produtores.
O regulamento prevê ainda a necessidade de capacitação dos técnicos das indústrias pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL), com foco na assistência aos produtores e na melhoria da coleta do leite.
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