DESTRUIÇÃO DE NOSSA SAÚDE >> Bancada ruralista quer votar ‘pacote do veneno’ nesta semana
Dentre
as medidas, deputados pretendem alterar o nome dos agrotóxicos, que
passariam a se chamar “fitossanitários”, de modo a encobrir o risco do
uso dessas substâncias
Todos esses agrotóxicos têm efeitos
colaterais: contaminam os trabalhadores, os consumidores e o meio
ambiente. A comissão especial da Câmara tem maioria de deputados ligados
à bancada ruralista e defende os interesses dos grandes proprietários
de terras. Estes, por sua vez, fazem uso intensivo dos agrotóxicos em
culturas de larga escala. A Comissão Especial da Câmara dos Deputados
pretende votar nesta semana uma série de 27 Projetos de Lei, que ficaram
conhecidos como “Pacote do Veneno“. Eles visam a facilitar ainda mais
as regras para registro, fabricação, comercialização e utilização dos
agrotóxicos no país. O Brasil é o líder mundial na utilização de
pesticidas. Entre 2000 e 2004, o consumo no país aumentou de 170 mil
para 500 mil toneladas, que vão parar nas plantações e nos pastos. O
veneno é usado para combater ervas daninhas, insetos e doenças que
atacam as plantações.
Para o deputado federal Nilto Tatto, o
Pacote do Veneno reduz o papel de órgãos de fiscalização. “Tira
completamente o papel do Ibama, que avalia o impacto na área de meio
ambiente, e da Anvisa, que avalia o impacto na saúde. Permite utilizar
agrotóxico existentes para novas culturas, sem passar por uma avaliação
desses órgãos, e centraliza no ministério da agricultura a liberação dos
agrotóxicos”, disse o parlamentar em entrevista ao repórter Uélson Kalinoviski, para o Seu Jornal, da TVT.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag),
atualmente 504 agrotóxicos são permitidos no Brasil. Destes, 30% são
proibidos pela União Europeia. Pelas novas regras defendidas pelos
ruralistas, bastará que determinado agrotóxico seja oficialmente
utilizado por qualquer um dos países da Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OCDE) para ser automaticamente regularizado no país.
Fonte: www.redebrasilatual. com.br
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