Consumo
Conseleite indica estabilidade de preços, e frio eleva projeções de consumo
Valor de referência projetado para o leite em maio no Rio Grande do Sul indica alta de 1,25%
O valor de
referência projetado para o leite em maio no Rio Grande do Sul indica
alta de 1,25%, ficando em R$ 1,0778, demonstrando estabilidade. A
pesquisa do mercado gaúcho foi apresentada na manhã desta segunda-feira
(21/5) durante reunião do Conseleite, na sede do Sindicato da Indústria
de Laticínios do RS (Sindilat), em Porto Alegre. Em abril, o valor do
litro fechou em R$ 1,0645, acima do projetado inicialmente. Segundo o
professor da UPF Eduardo Finamore, o ganho no indexador foi puxado pelo
aumento no leite em pó (+5,37%). O encontro reuniu produtores e
indústrias e foi presidido por Pedrinho Signori.
Os números compilados no estudo, indica
Finamore, já reproduzem hábitos de consumo típicos dos meses de frio,
como aumento do consumo de queijos. O queijo prato, por exemplo,
aumentou 9,07%. O assessor da Fetag Márcio Langer lembrou que o frio
custou a chegar em 2018 com mês de maio muito quente. Agora, diz ele,
aumenta a expectativa em relação a aumento de demanda nas próximas
semanas. “Com o frio, esperamos aumento de consumo das famílias e
reflexos diretos no campo”, completou Signori.
Segundo o presidente do Sindilat,
Alexandre Guerra, apesar da leve recuperação, os números indicam seis
meses de preços do leite abaixo dos praticados no ano anterior. “A
produção de leite nesta entressafra caiu menos do que tradicionalmente
ocorre todos os anos”, frisou Guerra, lembrando que a diferença entre o
pico de produção (setembro/outubro) e a entressafra (abril/maio)
geralmente era superior a 30% e, em 2018, ficou próximo abaixo de 30%.
Além disso, alerta Guerra, a questão cambial desestimula a importação de
leite, o que também deve ajudar no aquecimento do mercado interno.
IN 62 – Durante a reunião do Conseleite, o
secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ainda apresentou
dados sobre a consulta pública que está em curso para revisão da IN 62.
Segundo ele, o setor trabalha junto ao Ministério da Agricultura pela
prorrogação do prazo de consulta para 180 dias.
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