Temer comemora na Embrapa reconhecimento internacional "Brasil Livre da Aftosa"
presidente Maurício Lopes destaca a importante contribuição da ciência na erradicação da febre aftosa
Na
semana em que o Brasil comemora o reconhecimento internacional por se
tornar um país livre da febre aftosa para a pecuária, o presidente da
República Michel Temer anunciou a intenção do governo federal de ampliar
o mercado brasileiro da carne para mercados que remuneram melhor pelo
produto exportado, como o Japão e outros países da Ásia. Temer
participou hoje (5), na Embrapa, do evento de lançamento do selo "Brasil
Livre da Aftosa", emitido pelos Correios e que integra o conjunto de
comemorações da semana. Durante a cerimônia, o presidente Temer
ressaltou a contribuição de instituições públicas como a Embrapa, Banco
do Brasil e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
para o desenvolvimento do País.
"Este selo simboliza a excelência da nossa carne, da nossa agropecuária e dos serviços brasileiros de inspeção sanitária", destacou o presidente da República. Temer falou também sobre a importante trajetória de contribuição da Embrapa para a pesquisa agropecuária, "um orgulho para o governo e para o povo brasileiro".
O reconhecimento do Brasil como país livre da aftosa, com vacinação, será concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e está previsto para ocorrer em maio durante reunião da entidade em Paris. A recomendação, com esse objetivo, foi feita pelo Comitê Científico da OIE, que é composto por 180 países. Com esse novo status, a pecuária brasileira partirá para um patamar mais alto, permitindo um novo desafio de conquistar, até 2023, o reconhecimento internacional, para todo o País, de livre de febre aftosa sem vacinação.
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, destacou ser o reconhecimento uma conquista almejada há mais de cinco décadas. Um trabalho, segundo ele, baseado no fortalecimento do sistema de defesa e vigilância do país e o desenvolvimento de uma ciência voltada para a pecuária brasileira a partir da genética, do controle de doenças, da vacinação, da nutrição e da produção de pastagens mais sofisticadas.
"É também uma grande conquista dos produtores brasileiros que ganharam a consciência que é preciso buscar um padrão de produção coerente com a situação do Brasil de um grande player internacional, um provedor de alimentos para o mundo", ressaltou Lopes, lembrando a importância do mercado brasileiro de proteína animal. "Por isso temos de galgar padrões tecnológico e de vigilância coerentes com que o mundo quer".
Para o ministro do Mapa, Blairo Maggi, o reconhecimento internacional é resultado de tudo o que foi feito no passado e que contribuiu para colocar o país hoje na vanguarda do futuro. Ele lembrou que nos anos de 1960 o Brasil iniciou o combate mais intenso à febre aftosa por meio de campanhas de vacinação em regiões pioneiras. De lá para cá as campanhas evoluíram até chegar, no ano passado, ao lançamento do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa que buscou consolidar a condição sanitária e avançar na meta nacional de zona de livre da doença sem vacinação, o que deverá ser concluído em 2023. "Estamos colhendo hoje os frutos do que fizemos no passado. Essa conquista é consequência do que vem sendo desenvolvido há muitos anos".
Avanços tecnológicos
Na última década, as novas tecnologias contribuiram para melhor aproveitamento da terra, aumentando a produtividade e colocando o Brasil em destaque no mercado internacional. De acordo com dados do Mapa apresentados pelo ministro durante o evento, em 1990, a pecuária brasileira produzia em torno de 145 milhões de cabeça de gado em 190 milhões de hectares de terra, o que totalizava 0,7 cabeças de gado por hectare. Atualmente, são 220 milhões de cabeça de gado em 160 milhões de hectares de terra, totalizando 1,3 cabeças de gado por hectare.
"Crescemos na qualidade e no manejo da pecuária. E as áreas antes ocupadas pela pecuária, hoje estão migrando para a agricultura, o que tem feito do país um grande produtor de alimentos", explicou Maggi, lembrando que essas áreas desocupadas voltaram para o meio ambiente.
Também participaram do evento na Embrapa, o secretário de Defesa Sanitária do Mapa, Luís Eduardo Rangel, o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Hübner, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, o presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, entre outras autoridades, como parlamentares e representantes de outros ministérios.
Sobre o selo
Os Correios colocaram em circulação a Emissão Especial Febre Aftosa. O selo celebra uma grande conquista da pecuária brasileira: o reconhecimento do Brasil pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre da febre aftosa com vacinação. A certificação será entregue ao Brasil durante a 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da OIE, que será realizada entre os dias 20 a 25 de maio, em Paris.
O selo é estampado com a imagem de um boi Nelore, uma das raças zebu, que representa mais de 80% do rebanho bovino nacional. O verde do campo, o azul do céu e o amarelo do sol remetem às cores da bandeira brasileira. Outro detalhe é o brinco da orelha do boi, que garante sua rastreabilidade com registro da genealogia desde o seu nascimento. Foram usadas técnicas de fotografia e computação gráfica. O selo tem tiragem de 150 mil unidades ao valor de R$ 1,85 cada.
A semana
As comemorações pelo reconhecimento internacional da condição de país livre da doença ocorreram ao longo de toda essa semana. Na segunda-feira (2), foi realizada sessão comemorativa no Senado, presidida pelo senador Waldemir Moka (PMDM/MS), e com as presenças do ministro Blairo Maggi e do presidente da Embrapa, Maurício Lopes. Na terça-feira (3), aconteceram a sessão solene na Câmara Legislativa do Distrito Federal, pela manhã, e na parte da tarde a inauguração do "túnel do tempo da febre aftosa no Brasil" - exposição de painéis no túnel que liga o edifício sede do Mapa ao seu anexo, narrando fatos relevantes do combate à doença, desde o primeiro registro da febre aftosa no Brasil, com imagens das campanhas de vacinação e mais informações.
Na quarta-feira (04), o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques – delegado do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) – visitaram o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais. Referência para análises e diagnósticos de aftosa, o Lanagro Pedro Leopoldo foi reconhecido pela ONU/FAO na área de Biossegurança e Manutenção de Laboratórios de Alta Contenção Biológica no início de 2018.
"Este selo simboliza a excelência da nossa carne, da nossa agropecuária e dos serviços brasileiros de inspeção sanitária", destacou o presidente da República. Temer falou também sobre a importante trajetória de contribuição da Embrapa para a pesquisa agropecuária, "um orgulho para o governo e para o povo brasileiro".
O reconhecimento do Brasil como país livre da aftosa, com vacinação, será concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e está previsto para ocorrer em maio durante reunião da entidade em Paris. A recomendação, com esse objetivo, foi feita pelo Comitê Científico da OIE, que é composto por 180 países. Com esse novo status, a pecuária brasileira partirá para um patamar mais alto, permitindo um novo desafio de conquistar, até 2023, o reconhecimento internacional, para todo o País, de livre de febre aftosa sem vacinação.
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, destacou ser o reconhecimento uma conquista almejada há mais de cinco décadas. Um trabalho, segundo ele, baseado no fortalecimento do sistema de defesa e vigilância do país e o desenvolvimento de uma ciência voltada para a pecuária brasileira a partir da genética, do controle de doenças, da vacinação, da nutrição e da produção de pastagens mais sofisticadas.
"É também uma grande conquista dos produtores brasileiros que ganharam a consciência que é preciso buscar um padrão de produção coerente com a situação do Brasil de um grande player internacional, um provedor de alimentos para o mundo", ressaltou Lopes, lembrando a importância do mercado brasileiro de proteína animal. "Por isso temos de galgar padrões tecnológico e de vigilância coerentes com que o mundo quer".
Para o ministro do Mapa, Blairo Maggi, o reconhecimento internacional é resultado de tudo o que foi feito no passado e que contribuiu para colocar o país hoje na vanguarda do futuro. Ele lembrou que nos anos de 1960 o Brasil iniciou o combate mais intenso à febre aftosa por meio de campanhas de vacinação em regiões pioneiras. De lá para cá as campanhas evoluíram até chegar, no ano passado, ao lançamento do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa que buscou consolidar a condição sanitária e avançar na meta nacional de zona de livre da doença sem vacinação, o que deverá ser concluído em 2023. "Estamos colhendo hoje os frutos do que fizemos no passado. Essa conquista é consequência do que vem sendo desenvolvido há muitos anos".
Avanços tecnológicos
Na última década, as novas tecnologias contribuiram para melhor aproveitamento da terra, aumentando a produtividade e colocando o Brasil em destaque no mercado internacional. De acordo com dados do Mapa apresentados pelo ministro durante o evento, em 1990, a pecuária brasileira produzia em torno de 145 milhões de cabeça de gado em 190 milhões de hectares de terra, o que totalizava 0,7 cabeças de gado por hectare. Atualmente, são 220 milhões de cabeça de gado em 160 milhões de hectares de terra, totalizando 1,3 cabeças de gado por hectare.
"Crescemos na qualidade e no manejo da pecuária. E as áreas antes ocupadas pela pecuária, hoje estão migrando para a agricultura, o que tem feito do país um grande produtor de alimentos", explicou Maggi, lembrando que essas áreas desocupadas voltaram para o meio ambiente.
Também participaram do evento na Embrapa, o secretário de Defesa Sanitária do Mapa, Luís Eduardo Rangel, o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Hübner, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, o presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, entre outras autoridades, como parlamentares e representantes de outros ministérios.
Sobre o selo
Os Correios colocaram em circulação a Emissão Especial Febre Aftosa. O selo celebra uma grande conquista da pecuária brasileira: o reconhecimento do Brasil pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre da febre aftosa com vacinação. A certificação será entregue ao Brasil durante a 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da OIE, que será realizada entre os dias 20 a 25 de maio, em Paris.
O selo é estampado com a imagem de um boi Nelore, uma das raças zebu, que representa mais de 80% do rebanho bovino nacional. O verde do campo, o azul do céu e o amarelo do sol remetem às cores da bandeira brasileira. Outro detalhe é o brinco da orelha do boi, que garante sua rastreabilidade com registro da genealogia desde o seu nascimento. Foram usadas técnicas de fotografia e computação gráfica. O selo tem tiragem de 150 mil unidades ao valor de R$ 1,85 cada.
A semana
As comemorações pelo reconhecimento internacional da condição de país livre da doença ocorreram ao longo de toda essa semana. Na segunda-feira (2), foi realizada sessão comemorativa no Senado, presidida pelo senador Waldemir Moka (PMDM/MS), e com as presenças do ministro Blairo Maggi e do presidente da Embrapa, Maurício Lopes. Na terça-feira (3), aconteceram a sessão solene na Câmara Legislativa do Distrito Federal, pela manhã, e na parte da tarde a inauguração do "túnel do tempo da febre aftosa no Brasil" - exposição de painéis no túnel que liga o edifício sede do Mapa ao seu anexo, narrando fatos relevantes do combate à doença, desde o primeiro registro da febre aftosa no Brasil, com imagens das campanhas de vacinação e mais informações.
Na quarta-feira (04), o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques – delegado do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) – visitaram o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais. Referência para análises e diagnósticos de aftosa, o Lanagro Pedro Leopoldo foi reconhecido pela ONU/FAO na área de Biossegurança e Manutenção de Laboratórios de Alta Contenção Biológica no início de 2018.
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