MERCADO FÍSICO
Soja cai também no Brasil, mas pode reagir
Retaliações a Trump aumentariam prêmios pagos no Brasil
As cotações da
soja tiveram na sexta-feira (09.03) um dia de quedas no mercado físico
brasileiro, alinhado com a baixa da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo
com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram
0,41% nos portos e 0,55% no interior do País.
O analista da T&F Luiz Fernando
Pacheco ressalta que existe falta de notíocias significativas, capazes
de movimentar o mercado para cima ou para baixo, porque quase todas as
notícias atuais já estão precificadas: “A boa notícia é que os preços se
estabilizaram com altos lucros – 40% no PR e em SP, acima de 30% em SC e
MG, acima de 20% no MA e no RS e acima de 15% na BA, TO e MS”.
De acordo com Pacheco, a única novidade
(ainda não consolidada) é a vontade de Trump de impor tarifas sobre as
importações de aço e alumínio, que poderia desencadear reações fortes
dos mercados da Europa e China. Segundo ele, isso teria reflexos sobre
cancelamentos das compras de soja americana, o que afundaria as cotações
das bolsas dos EUA, mas elevaria a níveis altíssimos os prêmios pagos
no Brasil e na Argentina (que, aliás, já subiram muito nesta semana,
algo como 14 pontos, o que é significativo).
“O fato é que a tendência das cotações
passou de altista, para estável a baixista, nesta semana. A pergunta é:
você aproveitou para vender? Não? Quais os seus argumentos para
acreditar que vai subir? Nossa recomendação, portanto, é aproveitar
estes altos lucros e fechar mais um lote (mas não tudo) da sua
disponibilidade”, conclui o analista da T&F Consultoria
Agroeconômica.
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