Organização Mundial de Saúde Animal deve reconhecer o Brasil livre de aftosa com vacina
O Comitê Científico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomendou que o Brasil seja reconhecido como livre da febre aftosa com vacinação, aos 180 países integrantes da OIE. Com isso, 25 estados e o Distrito Federal tendem a ser declarados livres da aftosa com vacinação pelo organismo internacional. Santa Catarina já é considerada como livre da doença sem a vacinação desde 2007, pela OIE. A decisão deverá ser anunciada na assembleia geral da entidade, que será realizada de 20 a 25 de maio em Paris. E o certificado de país livre de aftosa deverá será entregue no dia 24. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, deverá estar presente na solenidade. Também está prevista a presença do presidente Michel Temer.O informe do comitê formado por 15 cientistas, foi feito ontem ao ministro Blairo e a integrantes da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O ministro comemorou a decisão do comitê, alcançada depois de décadas de luta do governo e lideranças da pecuária nacional, conforme lembrou. “Estou muito feliz e quero compartilhar a conquista com milhares de pessoas que colaboraram para isto”. Após a decisão a ser tomada em maio próximo, o Brasil, de acordo com cronograma já aprovado, irá intensificar os esforços para ser declarado livre da aftosa sem vacinação até 2023. “Será o grande salto da pecuária brasileira”, acredita Maggi.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e representante do Brasil na OIE, Guilherme Marques, “com o excelente relatório enviado pelo Brasil, a ausência da circulação do vírus no país e as medidas adotadas para evitar a doença, o Comitê Científico enviará sua recomendação do Brasil livre da aftosa com vacinação aos países integrantes da OIE. Em maio, será uma etapa formal, quando os países deverão acatar recomendação do comitê”, avalia Marques. O Comitê Científico recomendou ao Brasil reforçar a vigilância das fronteiras com a Venezuela e Colômbia, para evitar eventual reingresso da doença no Brasil.
Conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), o próximo grande passo do Brasil será retirar a vacinação contra a doença. A partir de maio do próximo ano, Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e de Mato Grosso, começarão a abolir a vacinação. A previsão é que até maio de 2021 todo o país deixe de vacinar o rebanho e, até maio de 2023, o país inteiro poderá ser reconhecido pela OIE como livre da aftosa sem vacinação.
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