Sustentabilidade
Cientistas buscam saída para frear degradação do solo no Nordeste
Cerca de 181 mil Km2, aproximadamente 20 % do semiárido nordestino, se encontram em processo de desertificação
Durante quatro
dias, a partir de segunda-feira (27), cientistas vão discutir, em
Teresina, saídas para frear a degradação do solo no Nordeste. O Plano
Nacional de Combate à Desertificação (PNCD) considera que a grande
maioria das terras suscetíveis à desertificação se encontra em áreas
semiáridas e sub-úmidas da região.
Cerca de 181 mil Km2 (aproximadamente 20 %
do semiárido nordestino), se encontram em processo de desertificação,
representando um desafio para o aumento da produtividade e para a
melhoria do uso de recursos naturais. Na maior parte dessas áreas
predominam solos rasos e uma cobertura vegetal esparsa de caatinga.
O processo de desertificação se deve à
irregularidade das precipitações pluviométricas, condições de
fertilidade do solo e pressões populacionais em um ambiente tipicamente
frágil, se agravando nos últimos anos devido à seca, observa o
pesquisador da Embrapa Luciano Accyoli.
Soluções deverão ser discutidas durante a
IV Reunião Nordestina de Ciência do Solo (IVRNCS), que acontece
paralelamente ao I Simpósio Piauiense de Ciência do Solo. O tema da
reunião é o Uso Sustentável do Solo para Segurança Alimentar no Nordeste
Brasileiro.
O chefe-geral da Embrapa Meio-Norte, Luiz
Fernando Leite, fará a conferência de abertura sobre Solos Inteligentes:
Um Complexo Desafio para a Segurança Alimentar e a Saúde Humana. Além
de palestras, haverá mesas redondas, minicursos e apresentação de
trabalhos acadêmicos.
Reunindo pesquisadores experientes, o
evento vai abordar aspectos importantes como educação em solos, tipos de
solos no Brasil, análises, suprimentos, nutrientes, degradação,
agricultura familiar e biomas. “Para termos produção vegetal e animal, o
solo deve ser manejado com sustentabilidade satisfatória e sem qualquer
degradação”, diz Henrique Antunes, pesquisador da Embrapa e coordenador
técnico da reunião.
A IVRNCS
(https://www.embrapa.br/meio-norte/rncs) é uma realização da Embrapa
Meio-Norte, universidades Federal e Estadual do Piauí, Instituto Federal
de Educação do Piauí e Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (Núcleo
Regional do Nordeste). O evento tem o apoio do Governo do Piauí, CNPq,
CAPES, Aprosoja, Terra Brasileira, Banco do Nordeste e Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí ( FAPEPI).
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