seguro rural
Corte no seguro rural provoca reação no setor
Redução de R$ 140 milhões leva entidades a buscarem apoio para aprovar emendas ao orçamento
Após o governo
federal reduzir o valor alocado ao programa de subvenção ao seguro rural
para 2018, de R$ 550 milhões para R$ 410 milhões, entidades ligadas ao
setor reagiram. O corte de recursos está previsto na última versão da
lei orçamentária entregue ao Congresso. Ontem, em reunião da Comissão
Nacional de Política Agrícola, na Confederação da Agricultura (CNA), em
Brasília, as entidades foram orientadas a encaminhar à Frente
Parlamentar da Agricultura reivindicações para que o montante seja
revisto. O prazo para emendas segue até quinta-feira.
“Estamos cobrando que o governo execute,
no mínimo, os R$ 550 milhões que prometeu no Plano Safra”, afirma o
vice-presidente da comissão, Pedro Loyola. Segundo ele, pelo menos 35
mil apólices deixarão de ser feitas em todo o país. “O custo do seguro é
muito alto para o produtor bancar sozinho”. Loyola lembra que, nos
Estados Unidos, 80% dos recursos de política agrícola são direcionados
ao seguro e 95% dos produtores rurais participam do programa de
subvenção, enquanto que no Brasil apenas 10% têm acesso.
O coordenador da Comissão de Crédito Rural
da Farsul, Elmar Konrad, aponta que, além de os subsídios serem
insuficientes, o Rio Grande do Sul é o último Estado a fazer as
contratações, momento em que a subvenção já é escassa. “É uma bagunça”,
resume. Para o exercício de 2017, o governo federal já depositou R$ 377
milhões, dos R$ 400 milhões prometidos.
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