Secretário Especial se reúne com representantes do Fida para reafirmar o compromisso com o Semiárido
Nesta
terça-feira (14), o secretário especial da Secretaria Especial de
Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Jefferson
Coriteac, esteve em reunião com os representantes do Fundo Internacional
de Desenvolvimento Agrícola (Fida), com o delegado federal do
desenvolvimento agrário de Pernambuco, Rodrigo Almeida, com o
subsecretário de desenvolvimento rural, Marcelo Martins e o
subsecretário de planejamento e gestão, Cesar Lima. O motivo do encontro
foi o alinhamento das informações para a retomada do Projeto Dom Helder
Câmara.
De acordo com o
representante da Sead no estado pernambucano, e recém-nomeado diretor do
projeto, Rodrigo Almeida, a iniciativa é de extrema importância para o
semiárido do Brasil. “O Dom Helder se iniciou oficialmente em 2001, e
finalizou a sua primeira fase ao final de 2010. Beneficiando cerca de 13
mil famílias em sete estados.” Para a segunda fase, a perspectiva
inicial era de atender 22 mil famílias, e agora o número passou para 60
mil. Além disso, o subsecretário de desenvolvimento rural, Marcelo
Martins, ressalta que um convênio com o Instituto Agronômico de
Pernambuco (IPA) já foi firmado. “Eles serão encarregados pela produção e
distribuição de mudas de palma forrageira a 60 mil famílias que estarão
envolvidas no projeto nessa etapa.”
A
Coordenadora-Geral de Gestão e Articulação de Políticas Públicas da
Sead, Thais Voltolini, também acentua a relevância do projeto. “O Dom
Helder câmara é uma importante política da Sead, que busca contribuir
para o combate da pobreza e o desenvolvimento rural. Com a retomada do
projeto, estamos buscando dar continuidade nas boas experiências através
de Ater, o diálogo com outros entes governamentais, viabilizando
principalmente parcerias e recursos para o projeto e especialmente o
diálogo entre o poder público e a sociedade civil que é essencial para o
êxito do Dom Helder.”
O titular da
Sead, Jefferson Coriteac, enfatiza que para a retomada do projeto, quase
todas as preparações estão prontas. “Já foi feita a contratação por
parte da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Anater), de Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater)
em alguns estados. E o contrato com a Universidade de Brasília (UnB)
também já foi assinado, para a contratação dos fiscais. Eles serão
responsáveis por auxiliar no monitoramento das assistências técnicas.”
Coriteac adiciona que o Dom Helder sairá do papel. “Estamos bem
confiantes. Confiantes de que o projeto vai para a rua, que as pessoas
vão ser beneficiadas, que o semiárido vai ser atendido, e os 11 estados
que competem, também.”
Na visão do Fida, o gerente de programas da divisão da América Latina e Caribe, Paolo Silveri, destaca que o projeto na sua primeira etapa foi avaliado de forma positiva pelo Fundo e também pelo Governo Federal. “Dessa forma, o Governo Federal pediu ao Fida novamente apoiar financeiramente a segunda etapa. E nós estamos comprometidos para que essa segunda etapa chegue na ponta para a população rural brasileira.”
Na visão do Fida, o gerente de programas da divisão da América Latina e Caribe, Paolo Silveri, destaca que o projeto na sua primeira etapa foi avaliado de forma positiva pelo Fundo e também pelo Governo Federal. “Dessa forma, o Governo Federal pediu ao Fida novamente apoiar financeiramente a segunda etapa. E nós estamos comprometidos para que essa segunda etapa chegue na ponta para a população rural brasileira.”
Entenda o projeto
Quem
mora no campo e vive da agricultura conta com um aliado para trabalhar:
o clima. Sol e chuva se complementam no sucesso da produção. Quando
falta um deles, o outro sobressai. No Ceará, quase 60% do território
apresenta seca extrema ou seca excepcional, respectivamente os dois
níveis mais severos de estiagem apontados pelo Monitor de Secas do
Nordeste (MSNE). Quase todo o Cariri e parte dos Sertões Central e dos
Inhamuns estão com seca excepcional, a mais grave. O solo é um dos
primeiros a sofrer com o clima, que castiga ainda as criações de animais
e as plantações. Um levantamento recente da Confederação Nacional dos
Municípios mostra que, entre 2013 e 2015, a estiagem causou um prejuízo
de R$ 103,5 bilhões na região.
Para
minimizar a situação, a base do Dom Helder será a Assistência Técnica e
Extensão Rural (Ater) focado no semiárido. O projeto é a continuação de
uma política pública criada em 2001, a partir de um acordo de Empréstimo
Internacional firmado entre o Brasil e o Fundo Internacional de
Desenvolvimento Agrícola (Fida). Este ano, a Secretaria de Agricultura
Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) retomou as ações do PDHC,
em parceria com os estados, e incluiu a política no Plano Safra
plurianual, com o compromisso de manter o programa – e outros nove eixos
-, pelo menos até 2020. A expectativa é atender cerca de 60 mil
famílias.
Dados do Censo Agropecuário
revelam que os agricultores familiares que recebem Ater regularmente
têm rentabilidade por hectare até quatro vezes maior do que os que não
têm acesso ao serviço. A partir da assistência técnica, oito ações serão
implantadas no semiárido para reduzir a pobreza rural e as
desigualdades e minimizar os efeitos causados pelas condições
climáticas: fomento individual (projetos de inclusão produtiva);
inovação tecnológica; comercialização; projetos de abastecimento de
água; alimentação animal, com a distribuição de palma forrageira,
vegetal resistente ao clima seco e usado para alimentar os rebanhos;
crédito rural; Garantia-Safra e seguro da produção. O extensionista
chegará até os agricultores para identificar qual ação será mais
benéfica para a otimizar a produção. Quem contratará o serviço de Ater
será a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Anater). Entenda aqui.
Carolina Gama
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação
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