Embrapa Semiárido recebe Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional
A
Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) foi contemplada o 1º lugar do Prêmio
Celso Furtado de Desenvolvimento Regional, na categoria “Projetos
Inovadores para Implantação no Território”, com o projeto “Lago de
Sobradinho - Ações de desenvolvimento para produtores agropecuários e
pescadores do território do entorno da Barragem de Sobradinho-BA”. A
premiação será entregue durante solenidade a ser realizada no dia 5 de
dezembro, no Ministério da Integração Nacional, em Brasília-DF.
O pesquisador da Embrapa Semiárido e coordenador do Projeto Lago de Sobradinho, Rebert Coelho Correia, atribuiu ao trabalho em equipe à conquista do 1º lugar. “O projeto tem sido exitoso em suas ações e reconhecimentos, inclusive em premiações, em decorrência do envolvimento qualificado de grande número de empregados da Embrapa Semiárido, estagiários e uma equipe comprometida com os resultados. Agradeço a todos e compartilho esse momento de grande alegria”, declara.
Além desta primeira colocação, a empresa recebeu menção honrosa na categoria “Nordeste - Inovação e Sustentabilidade”, com o projeto “Desenvolvimento e Implementação da Certificação dos Vinhos do Vale do São Francisco”, desenvolvido pelo pesquisador Giuliano Elias Pereira, da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves-RS), que atua na Embrapa Semiárido. O trabalho, que conta com mais de 40 profissionais de diversas instituições de pesquisa, vem sendo desenvolvido há quatro anos e tem o objetivo de reunir informações a respeito das características dos vinhos produzidos na região, para elaboração de um dossiê que permita a obtenção do registro da Indicação de Procedência Vale do São Francisco – uma forma de garantir a qualidade dos vinhos que chegarão aos consumidores, consolidar o produto no mercado e atrair novos investidores.
Outras Unidades da Embrapa também foram contempladas com a premiação. O projeto “Geração Tecnológica Integrada Para Uso Sustentável da Biodiversidade: Maracujá Pérola”, coordenado pela pesquisadora Ana Maria Costa, da Embrapa Cerrado (Brasília-DF), obteve o 2º lugar na categoria “Práticas Exitosas de Produção e Gestão Institucional”. Na mesma categoria, a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das almas-BA) recebeu menção honrosa pelo projeto “Biodiversidade Funcional Associada à Vegetação Espontânea e ao manejo de coberturas vegetais em pomar familiar de citros em sistema agroflorestal – Biodiverso”, que tem à frente o pesquisador Rômulo Da Silva Carvalho. Mereceu menção, ainda, na categoria Nordeste – “Inovação e Sustentabilidade” o projeto “Sisteminha Embrapa UFU FAPEMIG - Produção Integrada de Alimentos”, liderado pelo pesquisador Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI).
O Projeto - Fruto de uma parceria entre a Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o projeto Lago de Sobradinho vem sendo desenvolvido desde 2010 nos municípios baianos do entorno do lago formado pela Barragem de Sobradinho – Casa nova, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé e Sobradinho. A meta inicial era beneficiar, direta ou indiretamente, cerca de 594 e 9 mil agricultores familiares, respectivamente. Até outubro de 2017, esse número cresceu para 744 e mais de 13 mil beneficiados.
Uma equipe multidisciplinar formada por 31 pesquisadores e analistas da Embrapa, distribuída entre os 14 Planos de Ação componentes do projeto, é responsável por executar uma ampla programação de capacitações e experimentações agrícolas que tem incrementado nas propriedades uma infraestrutura produtiva, impactando na geração de renda e desenvolvimento das comunidades rurais.
A equipe desenvolve atividades que contemplam a diversidade agrícola da região, como olericultura (cebola, melão e melancia), a bovinocultura (leite e carne), caprino e ovinocultura, piscicultura, apicultura, fruticultura de sequeiro, cultivos alimentares (milho, feijão-caupi e mandioca), recuperação de mata ciliar, indicadores de desenvolvimento sustentável e beneficiamento de produtos da agricultura familiar (carne, leite, mandioca e frutas), além de estudos das cadeias produtivas de três atividades agrícolas relevantes na região: apicultura, criação caprina e ovina e piscicultura.
Um dos instrumentos metodológicos adotados para realização das atividades são os Campos de Aprendizagem (CAT), uma espécie de espaço pedagógico para experimentações técnicas individuais e comunitárias, e programação de atividades de formação e de capacitação.
Ao longo dos anos, o projeto vem se consolidando e alcançando resultados significativos. Em apenas uma das atividades produtivas contempladas, a olericultura, foram registrados incrementos de produtividade acima de 80% economia de 50% de água, 80% de fertilizantes e 30% de mão de obra. Na apicultura, os cursos de capacitação e apropriação tecnológica fizeram as produtividades saltarem de aproximadamente 13 kg/colmeia/ ano para cerca de 40 kg/ colmeia/ ano.
O Prêmio - A premiação surgiu em 2009 como uma das estratégias do Ministério da Integração Nacional para estimular o processo de discussão e divulgação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR, intitulado “Prêmio Nacional de Desenvolvimento Regional Edição 2010: homenagem a Celso Furtado”. Na edição seguinte, o nome do consagrado economista brasileiro foi incorporado permanentemente à denominação do Prêmio que passou a se chamar "Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional".
O prêmio visa fomentar, discutir e divulgar estratégias que contribuam para o desenvolvimento regional em todo o País, levando em conta as potencialidades e a realidade de cada lugar, além de envolver o poder público e a sociedade civil organizada na discussão e na identificação de medidas concretas para a redução das desigualdades de padrão de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento.
Esta edição contou com a inclusão de categorias específicas para a Amazônia, o Nordeste (Semiárido) e Centro-Oeste (faixa de fronteira), tendo um total de seis categorias: Produção do Conhecimento Acadêmico; Práticas Exitosas de
Produção e Gestão Institucional; Projetos Inovadores para Implantação no Território; Amazônia –Tecnologia e Inovações para o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA); Centro-Oeste –- Desenvolvimento para a Faixa de Fronteira; Nordeste – Inovação e Sustentabilidade. Os primeiros e segundos colocados em cada categoria receberão R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente e Diploma de Reconhecimento de Mérito na categoria em que concorreu.
Nas três primeiras edições o prêmio homenageou a três brasileiros, Celso Furtado, Rômulo de Almeida e Armando Dias Mendes, pela importância deles como responsáveis pela condução do processo de reconhecimento político, social e econômico da questão regional brasileira e de inserção do tema na agenda de governo e no centro do debate nacional, a partir da década de 1950. Em sua quarta edição homenageia o geógrafo Milton Santos falecido em 2001, cujas teorias contribuíram para a compreensão do território nacional contemporâneo, bem como do processo de urbanização da América Latina e do Brasil.
O pesquisador da Embrapa Semiárido e coordenador do Projeto Lago de Sobradinho, Rebert Coelho Correia, atribuiu ao trabalho em equipe à conquista do 1º lugar. “O projeto tem sido exitoso em suas ações e reconhecimentos, inclusive em premiações, em decorrência do envolvimento qualificado de grande número de empregados da Embrapa Semiárido, estagiários e uma equipe comprometida com os resultados. Agradeço a todos e compartilho esse momento de grande alegria”, declara.
Além desta primeira colocação, a empresa recebeu menção honrosa na categoria “Nordeste - Inovação e Sustentabilidade”, com o projeto “Desenvolvimento e Implementação da Certificação dos Vinhos do Vale do São Francisco”, desenvolvido pelo pesquisador Giuliano Elias Pereira, da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves-RS), que atua na Embrapa Semiárido. O trabalho, que conta com mais de 40 profissionais de diversas instituições de pesquisa, vem sendo desenvolvido há quatro anos e tem o objetivo de reunir informações a respeito das características dos vinhos produzidos na região, para elaboração de um dossiê que permita a obtenção do registro da Indicação de Procedência Vale do São Francisco – uma forma de garantir a qualidade dos vinhos que chegarão aos consumidores, consolidar o produto no mercado e atrair novos investidores.
Outras Unidades da Embrapa também foram contempladas com a premiação. O projeto “Geração Tecnológica Integrada Para Uso Sustentável da Biodiversidade: Maracujá Pérola”, coordenado pela pesquisadora Ana Maria Costa, da Embrapa Cerrado (Brasília-DF), obteve o 2º lugar na categoria “Práticas Exitosas de Produção e Gestão Institucional”. Na mesma categoria, a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das almas-BA) recebeu menção honrosa pelo projeto “Biodiversidade Funcional Associada à Vegetação Espontânea e ao manejo de coberturas vegetais em pomar familiar de citros em sistema agroflorestal – Biodiverso”, que tem à frente o pesquisador Rômulo Da Silva Carvalho. Mereceu menção, ainda, na categoria Nordeste – “Inovação e Sustentabilidade” o projeto “Sisteminha Embrapa UFU FAPEMIG - Produção Integrada de Alimentos”, liderado pelo pesquisador Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI).
O Projeto - Fruto de uma parceria entre a Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o projeto Lago de Sobradinho vem sendo desenvolvido desde 2010 nos municípios baianos do entorno do lago formado pela Barragem de Sobradinho – Casa nova, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé e Sobradinho. A meta inicial era beneficiar, direta ou indiretamente, cerca de 594 e 9 mil agricultores familiares, respectivamente. Até outubro de 2017, esse número cresceu para 744 e mais de 13 mil beneficiados.
Uma equipe multidisciplinar formada por 31 pesquisadores e analistas da Embrapa, distribuída entre os 14 Planos de Ação componentes do projeto, é responsável por executar uma ampla programação de capacitações e experimentações agrícolas que tem incrementado nas propriedades uma infraestrutura produtiva, impactando na geração de renda e desenvolvimento das comunidades rurais.
A equipe desenvolve atividades que contemplam a diversidade agrícola da região, como olericultura (cebola, melão e melancia), a bovinocultura (leite e carne), caprino e ovinocultura, piscicultura, apicultura, fruticultura de sequeiro, cultivos alimentares (milho, feijão-caupi e mandioca), recuperação de mata ciliar, indicadores de desenvolvimento sustentável e beneficiamento de produtos da agricultura familiar (carne, leite, mandioca e frutas), além de estudos das cadeias produtivas de três atividades agrícolas relevantes na região: apicultura, criação caprina e ovina e piscicultura.
Um dos instrumentos metodológicos adotados para realização das atividades são os Campos de Aprendizagem (CAT), uma espécie de espaço pedagógico para experimentações técnicas individuais e comunitárias, e programação de atividades de formação e de capacitação.
Ao longo dos anos, o projeto vem se consolidando e alcançando resultados significativos. Em apenas uma das atividades produtivas contempladas, a olericultura, foram registrados incrementos de produtividade acima de 80% economia de 50% de água, 80% de fertilizantes e 30% de mão de obra. Na apicultura, os cursos de capacitação e apropriação tecnológica fizeram as produtividades saltarem de aproximadamente 13 kg/colmeia/ ano para cerca de 40 kg/ colmeia/ ano.
O Prêmio - A premiação surgiu em 2009 como uma das estratégias do Ministério da Integração Nacional para estimular o processo de discussão e divulgação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR, intitulado “Prêmio Nacional de Desenvolvimento Regional Edição 2010: homenagem a Celso Furtado”. Na edição seguinte, o nome do consagrado economista brasileiro foi incorporado permanentemente à denominação do Prêmio que passou a se chamar "Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional".
O prêmio visa fomentar, discutir e divulgar estratégias que contribuam para o desenvolvimento regional em todo o País, levando em conta as potencialidades e a realidade de cada lugar, além de envolver o poder público e a sociedade civil organizada na discussão e na identificação de medidas concretas para a redução das desigualdades de padrão de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento.
Esta edição contou com a inclusão de categorias específicas para a Amazônia, o Nordeste (Semiárido) e Centro-Oeste (faixa de fronteira), tendo um total de seis categorias: Produção do Conhecimento Acadêmico; Práticas Exitosas de
Produção e Gestão Institucional; Projetos Inovadores para Implantação no Território; Amazônia –Tecnologia e Inovações para o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA); Centro-Oeste –- Desenvolvimento para a Faixa de Fronteira; Nordeste – Inovação e Sustentabilidade. Os primeiros e segundos colocados em cada categoria receberão R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente e Diploma de Reconhecimento de Mérito na categoria em que concorreu.
Nas três primeiras edições o prêmio homenageou a três brasileiros, Celso Furtado, Rômulo de Almeida e Armando Dias Mendes, pela importância deles como responsáveis pela condução do processo de reconhecimento político, social e econômico da questão regional brasileira e de inserção do tema na agenda de governo e no centro do debate nacional, a partir da década de 1950. Em sua quarta edição homenageia o geógrafo Milton Santos falecido em 2001, cujas teorias contribuíram para a compreensão do território nacional contemporâneo, bem como do processo de urbanização da América Latina e do Brasil.
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