Pecuária
Entre as carnes, só a bovina tem maior exportação no ano
Os primeiros dois terços do ano foram encerrados com exportações globais quase 1,5% menores que as de idêntico período anterior.
De janeiro a
setembro de 2017 as exportações de carne de frango tiveram queda de
volume de cerca de 2,4%, as de carne suína de 4% e as de carne de peru
de mais de 13%. Ou seja: entre as quatro principais carnes exportadas
pelo Brasil, apenas a bovina registra aumento de volume, inferior a 2%.
E, mesmo assim, apenas com o produto in natura (+4,2%) pois a carne
industrializada enfrenta queda de 22,5%. Como o único aumento registrado
foi mínimo, insuficiente para neutralizar as demais quedas, os
primeiros dois terços do ano foram encerrados com exportações globais
quase 1,5% menores que as de idêntico período anterior.
Poderia ser pior não fosse as quatro
carnes encerrarem o período com valorização generalizada no preço médio.
Neste caso, o maior ganho vem sendo registrado pela carne suína, cujo
preço, na média dos primeiros nove meses de 2017, registra valorização
superior a 20%. As duas carnes avícolas, a de frango e a de peru,
valorizaram-se pouco mais de 7%. E a carne bovina perto de 5%. Mas –
nunca é demais citar – também poderia ser melhor não fosse a deflagração
da Operação Carne de Fraca que, sem dúvida, afetou o ritmo de evolução
dos preços. Tanto que o primeiro trimestre foi encerrado com valorização
superior a 16%, agora reduzida (nove meses) para 8,76%.
De toda forma, graças a melhora nos
preços, a receita cambial das carnes de frango, bovina e suína
completaram o período com resultado positivo na receita cambial,
registrando ganhos de, respectivamente, 5,3%, 6,7% e 17,6%. Ou seja:
apenas a carne de peru apresenta queda de receita, desempenho
determinado sobretudo pelo volume significativamente menor.
Junto com a carne de peru, os
industrializados de frango e os de carne bovina também enfrentaram queda
na receita cambial. Mesmo assim, o resultado final, computadas todas as
carnes, foi um incremento de pouco mais de 7% em relação a
janeiro-setembro de 2016.
Grosso modo, porém, até esse ganho “foi
para o ralo”. Pois neste ano, nesses mesmos nove meses, o valor médio do
dólar apresentou recuo superior a 10%.
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