Embrapa apresenta cenários de mercado no lançamento de festival de carnes caprina e ovina
Bomfim (ao microfone) apresentou desafios e perspectivas para cadeias produtivas no lançamento do festival
Um
cenário para o mercado das carnes caprina e ovina, com destaque para a
realidade cearense, foi apresentado nesta quinta-feira (28), pelo
chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Bomfim, no evento de
lançamento do I Festicarnes – Festival da Carne Ovina e Caprina, que
aconteceu no Centro de Convenções de Sobral (CE). O Festival trará uma
programação com capacitações para diversos públicos, encontros de
negócios, palestras e eventos gastronômicos, nos meses de outubro e
novembro.
Bomfim chamou atenção para o fato de que, embora os índices de consumo das carnes de caprinos e ovinos siga tendência de crescimento no país, boa parte dos produtores ainda não consegue manter oferta regular de carnes para mercados mais valorizados. Em decorrência disso, o mercado tende a importar carne de outros países. “O país chega a importar 11 mil toneladas de carne ovina do Uruguai por ano, porque não consegue uma quantidade suficiente de carne inspecionada para atender às demandas”, frisou ele.
Segundo o pesquisador, os pontos críticos são o baixo nível de organização nas cadeias produtivas e a informalidade predominante no abate. “A produção de animais chega a espaços como feiras, mas não consegue chegar a mercados maiores. Essa venda de animais com baixo valor agregado desestimula também o uso de inovações tecnológicas”, afirmou Marco.
Apesar desses gargalos, Marco Bomfim identificou oportunidades para a produção de carne, como a tradição brasileira de criação e consumo e o fato desta produção exigir menos recursos hídricos do que as carnes de outras espécies. Ele citou também experiências como a da Propriedade de Descanso de Ovinos para o Abate (PDOA), no Mato Grosso do Sul, onde uma propriedade rural é utilizada para receber animais de diferentes produtores e facilita a mediação com as demandas de frigoríficos, para reunir ovinos em quantidade suficiente para compras mais vantajosas.
Para o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, as instituições de pesquisa devem colaborar para uma transformação deste cenário, ao influenciarem políticas públicas para o setor, gerando informações que possam subsidiar gestores. Ele ressaltou que questões como a inserção de pequenos e médios produtores no mercado e a intensificação sustentável da produção podem ser trabalhadas por meio de políticas específicas alinhadas à pesquisa agropecuária
Caprinocultura e ovinocultura em Sobral
Também no lançamento do I Festicarnes, a coordenadora de Agricultura e Pecuária da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Sobral, Luiza Barreto, apresentou dados de diagnóstico preliminar sobre caprinocultura e ovinocultura em Sobral, elaborado pela equipe da Secretaria. O estudo evidenciou os maiores pólos produtores do município: os distritos de Aracatiaçu, Taperuaba e Caracará. O município apresenta, atualmente, um efetivo de cerca de 41 mil cabeças de caprinos e aproximadamente 15 mil ovinos.
Luíza antecipou que na data do I Festicarnes, 27 de novembro, será divulgada uma pesquisa mais ampla sobre a realidade da produção, conduzida pela Embrapa, que avaliará aspectos do mercado das carnes caprina e ovina no território de Sobral
I Festicarnes
O I Festicarnes acontecerá no Centro de Convenções de Sobral no dia 27 de novembro, em realização da Prefeitura Municipal de Sobral e Sebrae, com parceria da Embrapa e outras instituições. Até a data, porém, haverá programação voltada para o setor com outros eventos.
Nos dias 25 a 27 de outubro será realizado um curso de produção de manta de carneiro no campus de Sobral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). No dia 7 de novembro, a cidade sedia um curso de tecnologia para processamento de carne ovina, promovido pela Embrapa. No dia 14 de novembro, a Prefeitura promoverá encontro de negócios, reunindo produtores rurais e proprietários de restaurantes e frigoríficos. Por fim, no dia 27 de novembro, o festival trata programação com palestras durante o dia e parque gastronômico à noite.
Bomfim chamou atenção para o fato de que, embora os índices de consumo das carnes de caprinos e ovinos siga tendência de crescimento no país, boa parte dos produtores ainda não consegue manter oferta regular de carnes para mercados mais valorizados. Em decorrência disso, o mercado tende a importar carne de outros países. “O país chega a importar 11 mil toneladas de carne ovina do Uruguai por ano, porque não consegue uma quantidade suficiente de carne inspecionada para atender às demandas”, frisou ele.
Segundo o pesquisador, os pontos críticos são o baixo nível de organização nas cadeias produtivas e a informalidade predominante no abate. “A produção de animais chega a espaços como feiras, mas não consegue chegar a mercados maiores. Essa venda de animais com baixo valor agregado desestimula também o uso de inovações tecnológicas”, afirmou Marco.
Apesar desses gargalos, Marco Bomfim identificou oportunidades para a produção de carne, como a tradição brasileira de criação e consumo e o fato desta produção exigir menos recursos hídricos do que as carnes de outras espécies. Ele citou também experiências como a da Propriedade de Descanso de Ovinos para o Abate (PDOA), no Mato Grosso do Sul, onde uma propriedade rural é utilizada para receber animais de diferentes produtores e facilita a mediação com as demandas de frigoríficos, para reunir ovinos em quantidade suficiente para compras mais vantajosas.
Para o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, as instituições de pesquisa devem colaborar para uma transformação deste cenário, ao influenciarem políticas públicas para o setor, gerando informações que possam subsidiar gestores. Ele ressaltou que questões como a inserção de pequenos e médios produtores no mercado e a intensificação sustentável da produção podem ser trabalhadas por meio de políticas específicas alinhadas à pesquisa agropecuária
Caprinocultura e ovinocultura em Sobral
Também no lançamento do I Festicarnes, a coordenadora de Agricultura e Pecuária da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Sobral, Luiza Barreto, apresentou dados de diagnóstico preliminar sobre caprinocultura e ovinocultura em Sobral, elaborado pela equipe da Secretaria. O estudo evidenciou os maiores pólos produtores do município: os distritos de Aracatiaçu, Taperuaba e Caracará. O município apresenta, atualmente, um efetivo de cerca de 41 mil cabeças de caprinos e aproximadamente 15 mil ovinos.
Luíza antecipou que na data do I Festicarnes, 27 de novembro, será divulgada uma pesquisa mais ampla sobre a realidade da produção, conduzida pela Embrapa, que avaliará aspectos do mercado das carnes caprina e ovina no território de Sobral
I Festicarnes
O I Festicarnes acontecerá no Centro de Convenções de Sobral no dia 27 de novembro, em realização da Prefeitura Municipal de Sobral e Sebrae, com parceria da Embrapa e outras instituições. Até a data, porém, haverá programação voltada para o setor com outros eventos.
Nos dias 25 a 27 de outubro será realizado um curso de produção de manta de carneiro no campus de Sobral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). No dia 7 de novembro, a cidade sedia um curso de tecnologia para processamento de carne ovina, promovido pela Embrapa. No dia 14 de novembro, a Prefeitura promoverá encontro de negócios, reunindo produtores rurais e proprietários de restaurantes e frigoríficos. Por fim, no dia 27 de novembro, o festival trata programação com palestras durante o dia e parque gastronômico à noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude o nosso Blog.