Proteção
Você sabe quais as diferenças entre o SEAF e o Garantia-Safra?
Ambos os programas são importantes, pois permitem que o agricultor plante com segurança
Para proteger o
agricultor familiar contra perdas nas lavouras causadas por eventos
climáticos como seca e chuva excessiva, o Governo Federal criou o
Garantia-Safra e o Seguro da Agricultura Familiar (SEAF). Essas duas
políticas da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário (Sead), oferecem proteção contra o clima, mas
possuem grandes diferenças de público-alvo e condições de funcionamento.
É importante conhecer as características do programa, para evitar
situações em que o usuário deixa de ser beneficiado por falta de
informação ou falha de entendimento.
O diretor substituto do Departamento de
Financiamento e Proteção da Produção da Sead, José Carlos Zukowski,
explica que “o Garantia-Safra se destina a agricultores de baixa renda
em locais sujeitos a perdas sistêmicas, estando atualmente voltado ao
Semiárido, enquanto o SEAF atende agricultores familiares de todo o
país, que conduzem a lavoura como um empreendimento, acessam o mercado e
contratam o crédito de custeio agrícola do Pronaf”.
Ambos os programas são importantes, pois
permitem que o agricultor plante com segurança – se vier algum evento
climático e atingir a lavoura causando perdas, o agricultor está
protegido.
Segundo a coordenadora do Garantia-Safra,
Dione Freitas, o Programa cobre perdas por seca ou chuvas excessivas e o
valor do auxílio é igual a R$850, pago em cinco parcelas de R$170.
“Este recurso, em sua maior parte, é utilizado para a compra de
alimentos”, explica a coordenadora.
Já o SEAF é um seguro multi-risco e o
valor segurado é ajustado ao tamanho da lavoura, oferecendo garantia de
renda. Dessa forma, os diferentes perfis dentro da agricultura familiar
podem ser atendidos, explica Zukowski.
Importante destacar as diferenças na
comprovação de perdas. No Garantia-Safra, esse processo é coletivo: a
prefeitura formaliza a solicitação de vistoria e a apuração das perdas é
feita pela média do município.
No SEAF, esse processo é individual. O
agricultor deve ir à agência bancária onde contratou o crédito para
formalizar comunicação de perdas. Isso deve ser feito o mais
rapidamente possível (ou três semanas antes da época de colheita, se o
evento for seca). O banco irá enviar um técnico à lavoura para fazer a
vistoria.
Eventualmente, esses programas recebem
nomes locais ou são ambos chamados de ‘seguro-safra’, o que acaba
confundindo agricultores e até mesmo agentes que operam os programas.
Usar o nome correto e conhecer as principais diferenças entre os
programas ajuda a evitar situações de perda de benefícios.
Na tabela abaixo, é possível conferir um resumo das diferenças entre o Garantia-Safra e o SEAF.
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