Técnicos têm capacitação sobre avaliação de espécies forrageiras no semiárido
Engenheiro agrônomo Lucas Oliveira, da Embrapa, orienta técnicos sobre problemas em palmas forrageiras
Técnicos
de nível superior da equipe do projeto “Forrageiras para o Semiárido”
participaram, entre os dias 11 e 13 de julho, de capacitação sobre
métodos e técnicas de avaliação de plantas forrageiras, na Embrapa
Caprinos e Ovinos (Sobral-CE). Os participantes acompanharão os
trabalhos nas Unidades de Referência Técnica (URTs) do projeto, que
testará, nos próximos dois anos, forrageiras tolerantes à seca nos nove
estados do Nordeste e em Minas Gerais, para indicar aos produtores
rurais alternativas para a alimentação de seus rebanhos. O projeto é uma
parceria da Embrapa com a Confederação de Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), com investimentos de R$ 2,2 milhões em suas ações.
No treinamento desta semana, os técnicos realizaram práticas de avaliação de gramíneas, pastagens nativas e palma forrageira, além de realizarem coletas de solos para análises. Essas técnicas serão executadas para a avaliação, nas URTs, de gramíneas (capim-piatã, capim-massai, capim-buffel e capim-corrente), plantas lenhosas (leucena, moringa e gliricídea), palmas (orelha de elefante, miúda e Sertânia), além de culturas para produção de silagem (variedades ou híbridos de milho, sorgo e milheto, desenvolvidos pela Embrapa e testados no ambiente semiárido). Essas espécies serão avaliadas de forma solteira ou em consórcio com outras.
Para os participantes, o projeto traz potencial para atender a demandas de relevância na pecuária do semiárido. “É uma pesquisa que vem no momento certo, para nos dar a oportunidade de testar tecnologias em uma realidade de sequeiro, observando a pluviosidade local”, afirmou Eduardo Barroso, engenheiro agrônomo que acompanhará a URT em Ibaretama, no Ceará.
Já o zootecnista Josimar Torres, responsável pelo acompanhamento da URT de Lajes, no Rio Grande do Norte, destacou ser motivador o desafio de apresentar alternativas viáveis para que os agricultores consigam melhor produtividade na realidade de semiárido. “Será importante que o produtor veja, na prática, que a forma como ele trabalha no ambiente local pode melhorar”, ressaltou ele.
Além do Ceará e Rio Grande do Norte, o projeto Forrageiras para o Semiárido também atuará com unidades em Fortuna (MA), São Raimundo Nonato (PI), Garanhuns (PE), Juazeirinho (PB), Batalha (AL), Poço Verde (SE), Ipira (BA), Baixa Grande (BA), Montes Claros (MG) e Carlos Chagas (MG). Segundo a engenheira agrônoma Ana Carolina Mera, assessora técnica do Instituto CNA, além de intensificar pesquisas com culturas já em teste pela Embrapa e parceiros, o projeto também valorizará outras forrageiras nativas em cada região de atuação.
Segundo Ana Carolina, uma das perspectivas importantes é de que, uma vez recomendadas plantas forrageiras adaptadas para o semiárido, os produtores possam adotá-las de forma permanente em suas rotinas de trabalho, trabalhando-as como culturas, integradas aos sistemas de produção para uma pecuária sustentável na região. “Queremos orientar para um uso racional das forrageiras, com práticas de manejo, de adubação. E que o produtor também possa aproveitar a vegetação nativa como fonte para ampliar sua renda”, esclareceu ela.
A assessora destacou também que as URTs já estão em fase de implantação, com parte delas já em pleno funcionamento até o mês de novembro. Em cada uma delas, serão realizadas, no período do projeto, visitas de equipes da CNA e Embrapa para acompanhamento de etapas de plantio, coletas de amostras de plantas e solo e monitoramento das atividades.
Transferência de tecnologias
Além da pesquisa com as variedades e espécies vegetais forrageiras, o projeto também prevê o compartilhamento de informações sobre seus resultados. Como ferramentas para essa transferência de tecnologias, estão previstos dias de campo nas URTs, um futuro portal com experiências de sucesso e a Caravana Mais Forragem, que estará presente em feiras e eventos agropecuários para apresentar resultados de pesquisas.
Também está previsto o desenvolvimento de um aplicativo para ajudar produtores rurais a fazer orçamentação forrageira, facilitando tomadas de decisão sobre uso, conservação e reserva de alimentos para os rebanhos. O aplicativo levará em consideração a disponibilidade de forragem nativa e a demanda por alimentação dos rebanhos nas propriedades rurais.
Segundo a pesquisadora Ana Clara Cavalcante, da Embrapa Caprinos e Ovinos, a pesquisa nas URTs no semiárido fortalecerá ainda mais a base de dados para o desenvolvimento do aplicativo, permitindo opções adequadas às realidades locais. “O interesse é fazer com que o produtor tenha todas as condições de produção, mesmo em ambientes mais suscetíveis às secas”, frisou ela.
O Forrageiras para o Semiárido integra o arranjo de projetos "Estratégias para garantir a segurança alimentar de rebanhos no ambiente semiárido", da Embrapa, envolvendo, além da Embrapa Caprinos e Ovinos, a Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI), Embrapa Cocais (São Luís-MA), Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar)
No treinamento desta semana, os técnicos realizaram práticas de avaliação de gramíneas, pastagens nativas e palma forrageira, além de realizarem coletas de solos para análises. Essas técnicas serão executadas para a avaliação, nas URTs, de gramíneas (capim-piatã, capim-massai, capim-buffel e capim-corrente), plantas lenhosas (leucena, moringa e gliricídea), palmas (orelha de elefante, miúda e Sertânia), além de culturas para produção de silagem (variedades ou híbridos de milho, sorgo e milheto, desenvolvidos pela Embrapa e testados no ambiente semiárido). Essas espécies serão avaliadas de forma solteira ou em consórcio com outras.
Para os participantes, o projeto traz potencial para atender a demandas de relevância na pecuária do semiárido. “É uma pesquisa que vem no momento certo, para nos dar a oportunidade de testar tecnologias em uma realidade de sequeiro, observando a pluviosidade local”, afirmou Eduardo Barroso, engenheiro agrônomo que acompanhará a URT em Ibaretama, no Ceará.
Já o zootecnista Josimar Torres, responsável pelo acompanhamento da URT de Lajes, no Rio Grande do Norte, destacou ser motivador o desafio de apresentar alternativas viáveis para que os agricultores consigam melhor produtividade na realidade de semiárido. “Será importante que o produtor veja, na prática, que a forma como ele trabalha no ambiente local pode melhorar”, ressaltou ele.
Além do Ceará e Rio Grande do Norte, o projeto Forrageiras para o Semiárido também atuará com unidades em Fortuna (MA), São Raimundo Nonato (PI), Garanhuns (PE), Juazeirinho (PB), Batalha (AL), Poço Verde (SE), Ipira (BA), Baixa Grande (BA), Montes Claros (MG) e Carlos Chagas (MG). Segundo a engenheira agrônoma Ana Carolina Mera, assessora técnica do Instituto CNA, além de intensificar pesquisas com culturas já em teste pela Embrapa e parceiros, o projeto também valorizará outras forrageiras nativas em cada região de atuação.
Segundo Ana Carolina, uma das perspectivas importantes é de que, uma vez recomendadas plantas forrageiras adaptadas para o semiárido, os produtores possam adotá-las de forma permanente em suas rotinas de trabalho, trabalhando-as como culturas, integradas aos sistemas de produção para uma pecuária sustentável na região. “Queremos orientar para um uso racional das forrageiras, com práticas de manejo, de adubação. E que o produtor também possa aproveitar a vegetação nativa como fonte para ampliar sua renda”, esclareceu ela.
A assessora destacou também que as URTs já estão em fase de implantação, com parte delas já em pleno funcionamento até o mês de novembro. Em cada uma delas, serão realizadas, no período do projeto, visitas de equipes da CNA e Embrapa para acompanhamento de etapas de plantio, coletas de amostras de plantas e solo e monitoramento das atividades.
Transferência de tecnologias
Além da pesquisa com as variedades e espécies vegetais forrageiras, o projeto também prevê o compartilhamento de informações sobre seus resultados. Como ferramentas para essa transferência de tecnologias, estão previstos dias de campo nas URTs, um futuro portal com experiências de sucesso e a Caravana Mais Forragem, que estará presente em feiras e eventos agropecuários para apresentar resultados de pesquisas.
Também está previsto o desenvolvimento de um aplicativo para ajudar produtores rurais a fazer orçamentação forrageira, facilitando tomadas de decisão sobre uso, conservação e reserva de alimentos para os rebanhos. O aplicativo levará em consideração a disponibilidade de forragem nativa e a demanda por alimentação dos rebanhos nas propriedades rurais.
Segundo a pesquisadora Ana Clara Cavalcante, da Embrapa Caprinos e Ovinos, a pesquisa nas URTs no semiárido fortalecerá ainda mais a base de dados para o desenvolvimento do aplicativo, permitindo opções adequadas às realidades locais. “O interesse é fazer com que o produtor tenha todas as condições de produção, mesmo em ambientes mais suscetíveis às secas”, frisou ela.
O Forrageiras para o Semiárido integra o arranjo de projetos "Estratégias para garantir a segurança alimentar de rebanhos no ambiente semiárido", da Embrapa, envolvendo, além da Embrapa Caprinos e Ovinos, a Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI), Embrapa Cocais (São Luís-MA), Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar)
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