Sergipe
Sead destina R$ 18 milhões para regularização fundiária em Sergipe
No Palácio dos Despachos, em Aracaju, representantes da Sead e do governo do estado assinaram o termo
Um dos 10 eixos do
Novo Plano Safra da Agricultura Familiar, a Regularização Fundiária é
tratada como prioridade pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar
(Sead). Nesta terça-feira (4), foi assinado mais um compromisso entre o
Governo Federal e governos estaduais. Desta vez, com Sergipe. O termo
de compromisso que viabilizará a regularização fundiária foi assinado
pelo secretário da Sead, José Ricardo Roseno, e pelo governador Jackson
Barreto; e soma R$18 milhões. A cerimônia de acordo entre as partes foi
no Palácio dos Despachos, em Aracaju.
Dos R$ 18 milhões, R$14 milhões serão
direcionados para o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) e
beneficiarão 200 famílias. Os R$ 4 milhões viabilizarão a entrega de
cerca de 4 mil títulos para agricultores familiares da região. Segundo
Roseno, ir até os estados para ver a situação deles é importante para
entender as demandas e a realidade de cada região. “Temos um compromisso
com a agricultura familiar. Nossa meta é entregar 1 milhão de títulos
de terra até o fim de 2018, seja pelo Programa Terra Legal, nas áreas da
Amazônia Legal, ou pela regularização fundiária, na reforma agrária.
Por isso é importante sair de Brasília e ver como as coisas estão”,
justificou o secretário.
O governador Jackson Barreto afirmou que
com o documento da terra em mãos, os agricultores terão mais do que uma
segurança jurídica. "É com o título da propriedade que ele se sente
gente. É com esse documento que acessa, por exemplo, um Plano Safra, e,
mais para frente, tem um meio para efeitos de aposentadoria. Agradecemos
demais esse investimento", disse.
Sergipe é influenciado pela agricultura
familiar desde os tempos coloniais. Na época, se consagrou como polo
exportador de cereais e hortifrutigranjeiros para Bahia e Alagoas. Hoje,
os agricultores sergipanos são responsáveis por 70% da produção do
milho. O setor gera emprego e garante o sustento de 225 mil pessoas.
"Fomos acostumados a enxergar valor dos grandes negócios, mas é a força
da agricultora familiar que devemos valorizar neste momento”, ponderou o
deputado federal Laécio Oliveira.
Seminário
Durante a vista à Sergipe, a Sead
participou ainda do Seminário de Políticas Públicas, organizado pela
Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário (DFDA-SE). O evento foi na
Associação de Engenheiros Agrônomos (Aease) com o objetivo de apresentar
aos gestores municipais as principais políticas públicas da Secretaria
para o estado.
A agricultura familiar ocupa mais de 80%
da mão de obra no meio rural de Sergipe. Ao todo, são mais de 90 mil
estabelecimentos que se encaixam nessa categoria, de acordo com o Censo
Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Há cerca de um mês, a Sead lançou o Novo Plano Safra da Agricultura
Familiar, com ações específicas para o fomento da agricultura nos
estados brasileiros.
Roseno pôde apresentar os detalhes e as
novidades do Plano, que traz entre outras políticas o Programa de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com investimentos na
ordem de R$ 30 bilhões. Em 2016, somente agricultores de Sergipe
acessaram mais de R$ 162 milhões via Pronaf. "Esta é uma política
eficiente, abrangente, madura e que chega, de fato, ao agricultor. Esse
novo Plano Safra vem com a segurança da garantia dessa e de outras
políticas, como o serviço de assistência técnica e extensão rural; a
regularização fundiária; as ações voltadas para semiárido; pelo menos
pelos próximos três anos", explicou o secretário.
De acordo com levantamento da DFDA-SE, o
estado tem 100 mil famílias de agricultores familiares. A delegacia
mostrou ainda como os programas do governo tem funcionado no estado e
como se dá o acesso a cada um deles. Foram apresentados dados sobre o
Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais
(Proinf), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa de
Alimentação Escolar (Pnae), a aquisição do Selo de Identificação da
Agricultura Familiar, o Sipaf, além de prestação de serviços de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e de políticas de
regularização fundiária e crédito rural.
O delegado da DFDA-SE, Haroldo Araújo,
afirmou que um dos maiores desafios hoje é criar condições para que o
jovem agricultor não saia do campo e o êxodo rural não aumente no país.
"A maioria dos nossos municípios vive do campo. Dá para imaginar Campo
Brito sem agricultura? O que seria de Sergipe sem a produção de milho,
por exemplo? Nos, como gestores, em qualquer âmbito, temos um desafio
grande. O meio rural está envelhecendo e precisamos inserir os
agricultores na modernidade da agricultura, sem perder a origem",
ponderou o delegado.
NOTA DO BLOG:
Enquanto isso, o programa do crédito fundiário continua parado aqui no RN. Muitos projetos na fila no SEARA para serem negociados e não se tem nem notícias de quando serão implementados.Fazer o que. É aguardar.
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