segunda-feira, 17 de julho de 2017


Panorama

Cooperativismo já ocupa metade do setor agropecuário médio

Com 20% do valor bruto da produção agropecuária nacional, médios produtores se unem a cooperativas para potencializar os resultados
Uma pesquisa realizada com produtores de médio porte de 17 estados e do Distrito Federal com recursos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostrou alguns dos motivos pelos quais o agronegócio é o setor que mais cresce no Brasil.

Realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (ICCA), o levantamento mostrou que 50% dos agropecuaristas, em 583 municípios, são associados a alguma cooperativa agrícola.
A principal atividade desenvolvida é a pecuária, seguida por culturas anuais (como soja e milho), horticultura, fruticultura, cultivo de cana, reflorestamento, entre outros, como culturas irrigadas e orgânicas.
A infraestrutura das propriedades também é elevada entre médios produtores, que tem receita estimada entre R$ 366 mil e R$ 1,6 milhão ao ano. Ao todo, os entrevistados possuem 3 mil tratores, 921 silos e 577 colheitadeiras.
Segundo a pesquisa, a categoria de produção de porte médio é composta por quase 800 mil produtores espalhados pelo país. Eles são responsáveis por cerca de 20% do valor bruto da produção agropecuária.
Cooperativas agrícolas e ação do Mapa
Os resultados servirão de base para o Mapa fornecer assistências de forma estratégica. “A partir das informações, deslocamos técnicos para determinada região, onde é realizado um treinamento, um seminário, voltado ao grupo que precisa de instruções”, promete Juarez Távora, diretor do Departamento de Integração e de Mobilidade Social do Mapa. 

O diretor reconheceu ainda o fato de muitos trabalharem em cooperativas agrícolas. “Juntos, eles são mais fortes”, comenta. Contudo, ele admite que ainda é preciso investir mais em algumas áreas de produção. “Há cadeias produtivas de mel, de castanhas e de açaí que devem ser potencializadas”, afirma.

Távora destaca que grandes produtores estão familiarizados com o ‘caminho das pedras’ para obter financiamentos e tecnologias, mas que pequenos e médios produtores carecem de orientações, o que será fornecido de maneira distribuída a partir dos resultados do levantamento.  

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