Panorama
Cooperativismo já ocupa metade do setor agropecuário médio
Com 20% do valor bruto da produção agropecuária nacional, médios produtores se unem a cooperativas para potencializar os resultados
Uma pesquisa realizada
com produtores de médio porte de 17 estados e do Distrito Federal com
recursos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
mostrou alguns dos motivos pelos quais o agronegócio é o setor que mais
cresce no Brasil.
Realizado pelo Instituto Interamericano de
Cooperação para a Agricultura (ICCA), o levantamento mostrou que 50%
dos agropecuaristas, em 583 municípios, são associados a alguma
cooperativa agrícola.
A principal atividade desenvolvida é a
pecuária, seguida por culturas anuais (como soja e milho), horticultura,
fruticultura, cultivo de cana, reflorestamento, entre outros, como
culturas irrigadas e orgânicas.
A infraestrutura das propriedades também é
elevada entre médios produtores, que tem receita estimada entre R$ 366
mil e R$ 1,6 milhão ao ano. Ao todo, os entrevistados possuem 3 mil
tratores, 921 silos e 577 colheitadeiras.
Segundo a
pesquisa, a categoria de produção de porte médio é composta por quase
800 mil produtores espalhados pelo país. Eles são responsáveis por cerca
de 20% do valor bruto da produção agropecuária.
Cooperativas agrícolas e ação do Mapa
Cooperativas agrícolas e ação do Mapa
Os resultados servirão de base para o Mapa
fornecer assistências de forma estratégica. “A partir das informações,
deslocamos técnicos para determinada região, onde é realizado um
treinamento, um seminário, voltado ao grupo que precisa de instruções”,
promete Juarez Távora, diretor do Departamento de Integração e de
Mobilidade Social do Mapa.
O diretor reconheceu ainda o fato de
muitos trabalharem em cooperativas agrícolas. “Juntos, eles são mais
fortes”, comenta. Contudo, ele admite que ainda é preciso investir mais
em algumas áreas de produção. “Há cadeias produtivas de mel, de
castanhas e de açaí que devem ser potencializadas”, afirma.
Távora destaca que grandes produtores
estão familiarizados com o ‘caminho das pedras’ para obter
financiamentos e tecnologias, mas que pequenos e médios produtores
carecem de orientações, o que será fornecido de maneira distribuída a
partir dos resultados do levantamento.
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