Plano Agrícola e Pecuário
O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 destinará R$ 190,25 bilhões com juros menores para financiar a agricultura. Por meio do Plano, médios e grandes produtores poderão acessar o crédito rural, entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2018. O governo federal também reduziu, entre um e dois pontos percentuais, os juros das operações. Do montante anunciado, R$ 188,3 bilhões se referem à disponibilidade para financiamento e a diferença, de R$ 1,95 bilhão, à subvenção de prêmio do Seguro Rural e apoio à comercialização.
O montante dos recursos destinados ao Plano Agrícola e Pecuário, com aumento de 24,3%
em relação ao anterior, reforça a prioridade dada pelo governo federal
ao agronegócio e à geração de emprego e renda. Mesmo com a PEC (Proposta
de Emenda Constitucional) de 2016, que limitou os gastos públicos, o
entendimento no Palácio do Planalto é de que é fundamental ampliar os
valores para o crédito rural em um momento de incentivo à retomada do
crescimento econômico.
O plano repercute em criação de vagas em
toda a cadeia produtiva, na geração de divisas com exportação de
produtos agropecuários, além de proporcionar alimentação mais barata e
inflação menor, beneficiando as famílias. O agronegócio impacta a
economia não apenas do campo, mas também a da cidade, movimentando
lavouras e a agroindústria de alimento, além de setores como de máquinas
e equipamentos, de vestuário e transporte de carga. O setor é
responsável por metade das exportações e por 21% do PIB (Produto Interno
Bruto) do país.
Juros
Quanto aos juros, houve redução de um
ponto percentual ao ano nas linhas de custeio e de investimento e, de
dois pontos percentuais ao ano nos programas prioritários voltados à
armazenagem (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns/PCA - 6,5%
a.a.) e à inovação tecnológica na agricultura (Programa de Incentivo à
Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária/Inovagro - 6,5% a.a.).
No custeio, os juros caíram de 8,5% ao
ano e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%. O mesmo aconteceu para os programas
de investimento, à exceção do PCA e Inovagro, nos quais a taxa foi
fixada em 6,5% ao ano.
Crédito
O volume de crédito para custeio e
comercialização é de R$ 150,25 bilhões, sendo R$ 116,25 bilhões com
juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 34 bilhões com juros
livres (livre negociação entre a instituição financeira e o produtor). O
montante para investimento saltou de R$ 34,05 bilhões para R$ 38,15
bilhões, com aumento de 12%.
Para acompanhar o crescimento da produção
agrícola, que deve se situar em 232 milhões de toneladas de grãos, com
aumento de 24,3% em relação à safra 2016/2017,
com perspectivas de superar tal recorde em 2017/18, o governo federal
garante recursos para investimento em armazenagem, de R$ 1,6 bilhão.
Nessa temporada, os cerealistas também serão beneficiados no plano.
O Pronamp (Programa Nacional de
Apoio ao Médio Produtor Rural) terá juros de 7,5% ao ano e contará com
R$ 21,7 bilhões, com alta de 12%. Os médios produtores rurais terão à
disposição R$ 18 bilhões em custeio e R$ 3,7 bilhões em investimentos.
O programa de Inovação Tecnológica
(Inovagro) tem uma linha de crédito para apoiar o uso
da conectividade no campo. Isso contribuirá para melhorar ainda mais a
gestão das propriedades rurais, por meio da informatização e do acesso à
internet. A inovação tecnológica é um dos principais fatores para
alavancar a produtividade agrícola.
O Inovagro contará, neste ano agrícola,
com R$ 1,26 bilhão, com limite de R$ 1,1 milhão por produtor. O programa
financia, por exemplo, equipamentos de agricultura de precisão.
Entre as novidades do plano está a
retomada da linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) para renovação de canaviais (Prorenova Rural), com
recursos de R$ 1,5 bilhão, em condições favorecidas.
O Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) passa a
contar com R$ 9,2 bilhões, com incremento de 82,2%. A compra de
máquinas e implementos agrícolas terá o limite de financiamento de 90%
do valor financiado, com prazo de pagamento de 7 anos.
O limite de financiamento de custeio é de
R$ 3 milhões por produtor, por ano-agrícola. Para o médio produtor, o
limite é de R$ 1,5 milhão. O prazo de pagamento é de 14 meses para
produtores de grãos.
O governo elevou a abrangência de
finalidades financiadas com a fonte LCA (Letra de Crédito do
Agronegócio) e espera atingir o montante de R$ 27,3 bilhões, dessa
fonte, no financiamento da cadeia do agronegócio.
Em 2018, o produtor poderá contar com R$
550 milhões do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR),
com aumento de 37,5%. O PSR oferece ao agricultor a oportunidade de
proteger sua produção agrícola com custo reduzido, por meio de auxílio
financeiro do governo federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude o nosso Blog.