Apoio ao produtor rural
Pronaf impulsiona Agricultura familiar e muda realidade de brasileiros do campo
Programa apoia trabalhadores rurais por meio de 14 linhas de créditos, com juros abaixo da inflação
A agricultura
familiar tem mudado a realidade de muitos brasileiros que possuem como
fonte de renda o plantio e a pecuária. Atualmente, há mais de 20
políticas implementadas no País, voltadas ao desenvolvimento desse
setor. No total, 275.017 mil famílias rurais já foram beneficiadas.
Entre todas as iniciativas, o Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) está entre
os destaques. Isso porque proporciona aos agricultores, assentados da
reforma agrária e comunidades tradicionais 14 linhas de créditos, com
juros abaixo da inflação.
Os aportes são classificados em:
Custeio, Investimento (Mais Alimentos), Microcrédito Rural,
Agroecologia, Mulher, Eco, Agroindústria, Semiárido, Jovem, Floresta,
Custeio e Comercialização de Agroindústria Familiares, Pronaf
Cotas-Partes, Pronaf Produtivo Orientado e Créditos para Beneficiários
do Programa Nacional de Reforma Agrária e Programa Nacional de Crédito
Fundiário.
O programa, que há 21 anos apoia os
trabalhadores interessados em investir nas suas propriedades por meio do
desenvolvimento sustentável, já atingiu 26 milhões de contratos até
hoje. Com isso, mais de R$ 170,1 bilhões já foram contratados.
Além de fomentar a geração de emprego e
proporcionar melhorias na qualidade de vida dessas famílias, a
iniciativa promove e amplia a oferta de alimentos orgânicos, que são
considerados mais saudáveis pelos especialistas em nutrição e saúde.
Uma experiência que obteve bons
resultados foi a do produtor rural Vanderlei Holz Lermen, que criou um
aplicativo para celular voltado para a comercialização de produtos
colhidos na agricultura familiar.
A ideia, que contou com o auxílio do
Pronaf, alavancou as vendas permitindo que o sítio localizado em Boa
Vista do Buricá, no Rio Grande do Sul, produza atualmente cerca de vinte
tipos de gêneros alimentícios.
“Com o aplicativo, o trabalho e a renda
dobraram! Tive de contratar um funcionário para me ajudar. Após o pedido
ser recebido, a entrega é preparada para o dia seguinte”, destacou.
Lermen contou que seria impossível
tornar o projeto realidade sem o auxílio do programa, pelo qual comprou
um veículo para fazer as entregas dos produtos.
Safra 2016/2017
O Pronaf fechou a safra de 2015/2016 com
um montante de R$ 22,1 bilhões, atendendo 1,7 milhão de agricultores
familiares. A expectativa para o ciclo 2016/2017 é atender cerca de dois
milhões de agricultores.
De acordo com dados da Secretaria
Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, a
extensão de solo utilizada para cultivo desse segmento no País é
equivalente a 24% da área total, embora 84% dos estabelecimentos rurais e
74% dos postos de trabalho terem origem na agricultura familiar.
Isso significa que a agricultura
familiar é fundamental para a manutenção do emprego no campo, além de
manter a cidade em funcionamento. Em números, o setor responde pela
produção de 83% da mandioca, 70% do feijão, 69% das hortaliças e 59% dos
suínos que vão alimentar os brasileiros.
Comunidades que Sustentam a Agricultura
Outra iniciativa responsável por
expandir o segmento de orgânicos são as Comunidades que Sustentam a
Agricultura (CSAs). A proposta originária da Alemanha está baseada no
conceito de Agricultura Solidária. Assim, a CSA se apoia em uma parceria
mútua entre quem planta e quem consome. Somados a esse princípio, estão
a produção orgânica e o escoamento de alimentos de forma direta.
Atualmente, há mais de 70 unidades
espalhadas por oito estados brasileiros (AM, PE, MS, RJ, SP, SC, PR e
RS) e no Distrito Federal.
Para fazer parte de uma CSA, há uma
relação de parceria e confiança entre os participantes. De um lado, o
agricultor levanta seu custo anual, ou semestral, tais como: impostos,
custo com água, transporte para entrega, adubo orgânico etc. Do outro
lado, os membros da comunidade assumem o financiamento coletivo da
produção.
Dessa forma, o agricultor assume o
compromisso de uma produção agroecológica necessário ao consumo próprio e
das famílias que fazem parte da CSA. E, como não há consumidor, e sim
coagricultor, os demais membros assumem uma postura ativa e não passiva
diante da produção e da colheita.
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