No RN, nível de reservatórios secos ou em volume morto tem nova melhora
Percentual de reservatórios em situação crítica caiu de 59% para 57%.
Entretanto, Igarn diz que é necessário continuar economizando água.
Nível de água na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves subiu de 13,65% para 15,96% (Foto: Anderson Barbosa/G1)
O nível dos reservatórios do RN teve mais uma melhora. É o que aponta
relatório divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Instituto de Gestão
das Águas do Rio Grande do Norte
(Igarn). Segundo o órgão, que monitora 47 reservatórios com capacidade
superior a 5 milhões de metros cúbicos, os reservatórios secos ou em
volume morto – que no começo do mês representavam 69% do total – baixou
mais 2% desde última análise e agora são 57%, o que significa uma
redução de 12% por causa das chuvas que vêm caindo no estado nas últimas
semanas. Somente neste final de semana, choveu em 87 municípios do estado.Atualmente, 76 cidades possuem algum tipo de rodízio de abastecimento e outros 18 municípios estão em colapso hídrico – que é quando a companhia que fornece água admite que não tem condições de manter o fornecimento e a população passa a ser abastecida por meio de caminhões-pipa.
Melhora na Armando Ribeiro
Maior reservatório do Rio Grande do Norte, com uma capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves estava com 328,486 milhões de metros cúbicos no relatório do dia 6 de fevereiro. Atualmente, está com 383,039 milhões, o que representa 15,96% do seu volume total.
Piora em Santa Cruz
A segunda maior barragem do estado é Santa Cruz, em Apodi. Com capacidade total de 600 milhões de metros cúbicos, o reservatório teve uma pequena redução de volume, passando de 137,013 milhões de metros cúbicos para 136,053 milhões (22,69% da sua capacidade).
Barragem de Santa Cruz, em Apodi (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Crescimento expressivo em UmariJá a Barragem de Umari, em Upanema, com capacidade total de 292,8 milhões de metros cúbicos, é o terceiro maior reservatório do RN. Lá, o aumento no volume foi expressivo. Do dia 1º de março até agora, passou de 32,218 milhões para 46,828 milhões de metros cúbicos (16% de sua capacidade).
Açude Gargalheiras, em Acari, está praticamente seco por conta da estiagem prolongada (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Itans e GargalheirasNa região Seridó, a situação de alguns reservatórios continua preocupante. O açude Itans, em Caicó, e o Marechal Dutra, conhecido como Gargalheiras, em Acari, continuam com menos de 2% de suas capacidades.
Lagoa de Extremoz, que abastece 70% da Zona Norte de Natal, teve boa recarga (Foto: Divulgação/Caern)
LagoasA Lagoa de Extremoz, que fica na Grande Natal, é responsável pelo abastecimento de 70% da Zona Norte da capital potiguar. O manancial obteve boa recarga em seu volume, principalmente com as chuvas que caíram no nício do mês. Atualmente, possui 5,567 milhões de metros cúbicos de água, atingindo mais da metade de sua capacidade hídrica (50,52%). Apesar disso, o rodízio no fornecimento d'água para a maioria dos moradores da região vai continuar.
Já a Lagoa do Bonfim, que atende à adutora Monsenhor Expedito, está com 50,93% do seu volume. Responsável por parte do abastecimento da Zona Sul de Natal, a Lagoa do Jiqui está com 72% do seu volume.
Alerta
O Igarn alerta, entretanto, que é necessário a população continuar economizando água, pois mesmo com as recargas, as reservas hídricas ainda continuam baixas. "O racionamento ainda permanece e a economia de água é de grande importância para a manutenção do funcionamento dos sistemas de abastecimento as cidades do estado", ressalta.
Seca histórica
Em dezembro, o G1 publicou matéria mostrando que a mais longa e severa estiagem da história do Rio Grande do Norte está fazendo o maior reservatório do estado secar. A reportagem visitou sete cidades onde os canos estão secos ou há rodízio de água – em uma delas, até uma cidade submersa pela represa reapareceu. A seca afeta moradores, a produção agropecuária e até o PIB do estado.
Com
a seca que assola o RN há mais de cinco anos, animais morrem às margens
das rodovias que cortam o estado (Foto: Anderson Barbosa e Fred
Carvalho/G1)
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