sexta-feira, 3 de março de 2017


Levantamento da Conab aponta crescimento de 15% da safra em 2017

Se a previsão se confirmar será uma supersafra de 215 milhões de toneladas. Entre principais culturas, feijão terá forte crescimento.




 A chuva que tem caído no cerrado renovou as esperanças de produtores rurais brasileiros. A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que o país tenha uma supersafra.
É um horizonte de verde, de chuva e de números. Em áreas de Mato Grosso estão plantadas as esperanças de melhora na produção agrícola nacional.
Levantamento da Conab - ligada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - aponta para um crescimento de 15% da safra que vai ser colhida em 2017.
Se a previsão se confirmar será uma supersafra de 215 milhões de toneladas.
“Nós estamos recuperando áreas que não foram utilizadas ano passado por questões climáticas, ou estamos incluindo novas áreas na produção. A produtividade deve ser um fator importante para o crescimento da produção nacional”, afirma o superintendente de agronegócio da Conab, Aroldo Antônio de Oliveira Neto.
Entre as principais culturas, o feijão terá um dos crescimentos mais fortes. Estados produtores como Paraná e Minas devem comemorar colheita até 24% maior. Os produtores de arroz, que é o forte de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, podem colher 14% mais. O milho, que teve quedas nos últimos três anos, pode ter safra até 10% maior. E a soja, maior produção agrícola do país, pode crescer 8,5%.
Em 2015 ela faltou. Trouxe frustração na colheita, deixou dívidas. Em 2016, não. Chegou na hora certa, abundante, regular, bem distribuída, para fazer a diferença. A chuva tem esse poder. Uma área plantada de soja ainda vai crescer pelo menos 30%. É com a chuva que o produtor conta para ter uma safra excepcional em 2017.
Carlos Muniz tem 2,1 mil hectares de soja em Campo Verde. Com a chegada da chuva na hora certa, já está tudo plantado e ele espera aumentar a produtividade.
“A nossa previsão este ano é colher de 60 a 65 sacas por hectare de soja”, diz Muniz.
O professor de agronomia do Instituto Federal de Mato Grosso, André Andrade, lembra que a agricultura é uma atividade de risco, e para que a supersafra aconteça o clima tem que continuar colaborando.
“Se não houver chuva no primeiro semestre de 2017, satisfatória, você pode ter uma frustração na safra de milho, de algodão. Isso tudo é uma previsão. O fundamental é o clima”, explica André Andrade.

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