Cajueiro-anão da Embrapa enfrenta a seca e dá boa produtividade
Nos últimos anos, apesar da severa estiagem registrada da região, os pomares do cajueiro registraram uma produtividade média de cerca de mil kg de castanha por hectare. É o clone de cajueiro-anão Embrapa 51 que vem obtendo resultados bastante promissores entre produtores do município de Severiano Melo (RN). Um diferencial do cajueiro é a resistência à seca e à resinose (Lasiodiplodia theobromae), uma das principais doenças que afeta a espécie. Além disso, o clone produz durante oito meses, enquanto que para os demais cajueiros a colheita é concentrada em quatro meses do ano.O engenheiro agrônomo e produtor Antônio Tertulino explica que com a produção mais distribuída ao longo do ano o produtor consegue oferecer caju no mercado aproveitando o preço da safra e da entressafra. Ele salienta que o cajueiro tem se comportado bem no período de seca e que espera uma melhor produtividade (1,8 mil kg por hectare ) em anos com chuvas dentro da média histórica. Tertulino diz, ainda, que os produtores da região estão aproveitando melhor o pedúnculo, com a instalação de fábricas de suco na região. “Há seis anos, o principal produto aqui da região era a castanha, mas agora o caju é mais lucrativo”, conta.
O clone Embrapa 51 foi lançado pela Embrapa Agroindústria Tropical para plantio comercial em cultivo de sequeiro no Semiárido. Outra vantagem do clone é que a safra ocorre quase sem interrupções por até dez meses, porque as etapas de desenvolvimento do fruto ocorrem simultaneamente.
O clone apresenta como características plantas de porte baixo, com altura média de 3,5m no sexto ano de idade. No quinto ano, sua produtividade média é de 1.510 kg de castanha por hectare. Dependendo da localidade, a safra varia entre julho e novembro.
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