Nível
baixo das águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves fez ressurgir as
ruínas do cemitério da antiga cidade de São Rafael (Foto: Anderson
Barbosa e Fred Carvalho/G1)
Apesar das chuvas que caíram no fim de semana em 39 municípios do Rio Grande do Norte,
as reservas hídricas do estado continuam em situação crítica, aponta
relatório do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte
(Igarn). Dos 47 reservatórios do estado monitorados pelo instituto, 12
permanecem em volume morto e 21 estão secos, ou seja, 70% dos açudes
estão em estado crítico.Segundo o Igarn, a situação geral é a mesma constatada em dezembro de 2016, quando foi feita a última análise. O relatório aponta também que os volumes dos três maiores reservatórios do estado continuam diminuindo. A Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, entre as cidades de Assu e São Rafael, está com 14,25% do volume total; a Barragem Santa Cruz, em Apodi, com 18,61%; e a Barragem de Umari, em Upanema, com 8,88%.
O diretor-presidente do Igarn, Josivan Cardoso, alerta a população para continuar economizando água, mesmo com as boas expectativas para o próximo período chuvoso. “O racionamento no abastecimento das cidades permanece. O cidadão tem que economizar para manter os sistemas funcionando, é responsabilidade de todos”, afirma.
Grande Natal
Já as lagoas que abastecem a região metropolitana de Natal estão em situação melhor. A Lagoa do Bomfim, que abastece a adutora Monsenhor Expedito, está com 49,92% da capacidade (82,4 milhões de metros cúbicos); a de Extremoz, que abastece a Zona Norte de Natal, com 41,11% (de 11 milhões); e a do Jiqui, que abastece a Zona Sul da capital potiguar, com 79,58% (de 440 mil).
Colapso hídrico
O Rio Grande do Norte passa atualmente pela mais longa e severa estiagem da história do estado. Diversos municípios estão em situação de emergência e alguns já entraram em colapso, sem nenhuma água. Dos 167 municípios do estado, 153 estão em situação de emergência.
De acordo com os dados mais recentes da Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern), atualizados no fim de dezembro de 2016, o abastecimento foi cortado em 18 cidades. Em outras 75, foi preciso adotar sistemas de rodízio para que a oferta não fosse totalmente cancelada.
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