Bezerras criadas no sistema de cria em estacas se desenvolvem com saúde
Uma técnica de manejo que vem sendo testada na Embrapa Pecuária Sul está alcançando bons resultados na diminuição da incidência de diarreia: o sistema de cria em bezerras em estacas. Segundo Renata Suñé, pesquisadora desse centro da Embrapa, essa prática já é utilizada por produtores do Uruguai e há cerca de dez anos é testada experimentalmente em Bagé, no Rio Grande do Sul.No sistema de cria em estacas, a bezerra é apartada da mãe logo após o nascimento e presa em uma estaca em local sombreado com árvores ou sombrite. Com uma corda de cerca de 2,5 metros, o animal tem espaço para se movimentar e o leite é servido em balde colocado em um arco próximo à estaca. Na primeira semana também começam a ser oferecidos concentrados, em pequena quantidade, e feno, que fica no espaço entre duas estacas.
De acordo com Renata, pelo fato de as bezerras não estarem em contato direto com outros animais, como nos sistemas convencionais de cria, diminui muito a incidência de doenças causadas por contágios. “Quando o animal fica doente, o tratamento é individualizado, diminuindo a necessidade de uso de medicamentos de forma mais ampla”, complementa. Em sistemas convencionais, a aglomeração de animais e a umidade que pode estar no local onde são mantidos são determinantes na incidência de diarreias e pneumonias. Isso leva a um baixo desempenho dos animais, além de gastos com medicamentos e prejuízos com a morte de bezerras.
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