Agrava-se a crise hídrica no Rio Grande do Norte e Paraíba
A realidade hídrica do Rio Grande do Norte é cada vez mais crítica, com os estoques d’água nos açudes diminuindo a cada dia. Um levantamento feito pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) nos reservatórios da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu revela que dos 18 existentes, 10 estão com menos de 3% da capacidade total e alguns totalmente secos. Dos 8 restantes, apenas 4 estão com volume acima de 15% da capacidade total.Os 8 reservatórios estão assim: Dourado, com capacidade de 10.321.000 metros cúbicos, tem 30,64% do total; Pataxó, com capacidade de 15.017.000 metros cúbicos, tem 23,03% do total; Caldeirão, de Parelhas, com capacidade de 9.230.000 metros cúbicos, tem 16,77% do total; Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade de 2.400.000.000 de metros cúbicos, tem 16,08% do total; Boqueirão, de Parelhas, com capacidade de 84.792.000 metros cúbicos, tem 14,41% do total; Mandubim, com capacidade de 76.349.000 metros cúbicos, tem 8,82% do total; Zangarelhas, de Jardim do Seridó, com capacidade de 7.916.000 metros cúbicos, tem 7,71% do total; e o Sabugi, de São João do Sabugi, com capacidade de 65.334 metros cúbicos, tem 6,06% do total.
Na Paraíba, a barragem Mãe D’Água, que libera água para a Bacia do Piancó-Piranhas-Açu, está com apenas 40 milhões de metros cúbicos. A água liberada por esta barragem é responsável pelo abastecimento de uma população de 400 mil pessoas da Paraíba e Rio Grande do Norte. Nessa situação crítica, a legislação brasileira só permite o uso da água para abastecimento das cidades e para matar a sede dos animais, sendo proibida a captação de água para irrigação e outras atividades produtivas. Mesmo assim, muitos proprietários foram flagrado captando água para uso irregular, conforme constatou a Agência Nacional de Águas (ANA) e outros órgãos fiscalizadores.
“Entre 21 e 26 de novembro, a Agência Nacional de Águas (ANA) realizou uma campanha de fiscalização na bacia do rio Piranhas-Açu, em parceria com o Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN), a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA) e a Polícia Militar. No total, foram apreendidas 29 bombas para captação de água para irrigação e foram lavrados nove autos de infração para novos usuários que foram flagrados com captações irregulares. Também foram removidos cacimbões ou barreiros, que retinham a água na região, e houve o fechamento de canais irregulares que desviavam água do rio Piranhas-Açu do seu curso”, publicou a agência, no site da instituição (http://www2.ana.gov.br/).
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