Educação na reforma agrária beneficia 12,5 mil pessoas em todo o País
Educação no campo
São quase 100 cursos em andamento, a maior parte de nível superior. Estudantes atuam nas comunidades onde vivem
Quase uma
centena de cursos em andamento e 12,5 mil alunos beneficiados pelo
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Esse é o
saldo de atendimentos registrados até o mês de agosto deste ano pela
principal política pública educacional voltada a assentados da reforma
agrária no País. A maior parte dos cursos é de nível superior.
Já em relação à quantidade de alunos atrelados ao projeto, 64% dos estudantes (oito mil) fazem parte de nove cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nos 33 cursos de nível superior, foram registrados 1.805 alunos cadastrados este ano.
Em seguida, vêm os 24 cursos de ensino médio técnico, com 1,3 mil estudantes; 23 de extensão, integrados por 1.037 pessoas; cinco de especialização, com 234 participantes; e uma turma de mestrado, composta por 30 pessoas (confira os números na tabela ao fim da notícia).
A ampliação do leque de cursos se concretizou especialmente a partir de demandas das próprias comunidades, diante da necessidade de prosseguirem os estudos após a formação escolar básica.
O coordenador substituto de Educação do Campo e Cidadania do Incra, Nelson Marques Félix, destaca as revisões normativas realizadas entre 2015 e 2016, além da publicação do novo Manual de Operações do Pronera, este ano, como fatores que impulsionaram as propostas de novos cursos.
"Além da ênfase na área da agroecologia, surgiram cursos inéditos, como Zootecnia, Engenharia de Pesca, bacharelado em Direto para Quilombolas e cursos técnicos em Saúde Bucal, Eletrotécnica e Agrimensura", elenca.
Foco
Os alunos do Pronera têm como foco atuar profissionalmente em prol das comunidades na qual vivem ou do público atendido pelo Programa Nacional de Reforma Agrária. Isso é incentivado a partir da metodologia de ensino utilizada, da Pedagogia da Alternância, com intervalos de estudo na instituição de ensino (o chamado Tempo Escola) e no próprio assentamento (Tempo Comunidade).
“Nós aplicávamos os conhecimentos durante as tarefas cotidianas do assentamento”, lembra o ex-aluno do Programa, Cosme de Jesus Sousa Araújo, formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e um dos idealizadores da rádio comunitária existente na área de reforma agrária Diamante Negro Jutay, localizada no município maranhense de Igarapé do Meio.
“Nossa rádio é uma conquista da comunidade e permite que as pessoas participem e contem suas dificuldades e conquistas". O envolvimento de Araújo com o tema faz com que participe ativamente em discussões sobre comunicação junto ao governo do Estado.
Alcance
Em 18 anos de existência, o Pronera permitiu o acesso à educação formal a mais de 185 mil pessoas. O Programa é destinado principalmente a jovens e adultos das famílias que vivem em assentamentos criados ou reconhecidos pelo Incra.
Também podem participar, entre outros, quilombolas, prestadores de assistência técnica aos beneficiários atendidos pelo Incra, além de professores que atuem junto aos beneficiários das políticas públicas da entidade, em escolas dessas comunidades ou no entorno, que atendam os assentados.
Já em relação à quantidade de alunos atrelados ao projeto, 64% dos estudantes (oito mil) fazem parte de nove cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nos 33 cursos de nível superior, foram registrados 1.805 alunos cadastrados este ano.
Em seguida, vêm os 24 cursos de ensino médio técnico, com 1,3 mil estudantes; 23 de extensão, integrados por 1.037 pessoas; cinco de especialização, com 234 participantes; e uma turma de mestrado, composta por 30 pessoas (confira os números na tabela ao fim da notícia).
A ampliação do leque de cursos se concretizou especialmente a partir de demandas das próprias comunidades, diante da necessidade de prosseguirem os estudos após a formação escolar básica.
O coordenador substituto de Educação do Campo e Cidadania do Incra, Nelson Marques Félix, destaca as revisões normativas realizadas entre 2015 e 2016, além da publicação do novo Manual de Operações do Pronera, este ano, como fatores que impulsionaram as propostas de novos cursos.
"Além da ênfase na área da agroecologia, surgiram cursos inéditos, como Zootecnia, Engenharia de Pesca, bacharelado em Direto para Quilombolas e cursos técnicos em Saúde Bucal, Eletrotécnica e Agrimensura", elenca.
Foco
Os alunos do Pronera têm como foco atuar profissionalmente em prol das comunidades na qual vivem ou do público atendido pelo Programa Nacional de Reforma Agrária. Isso é incentivado a partir da metodologia de ensino utilizada, da Pedagogia da Alternância, com intervalos de estudo na instituição de ensino (o chamado Tempo Escola) e no próprio assentamento (Tempo Comunidade).
“Nós aplicávamos os conhecimentos durante as tarefas cotidianas do assentamento”, lembra o ex-aluno do Programa, Cosme de Jesus Sousa Araújo, formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e um dos idealizadores da rádio comunitária existente na área de reforma agrária Diamante Negro Jutay, localizada no município maranhense de Igarapé do Meio.
“Nossa rádio é uma conquista da comunidade e permite que as pessoas participem e contem suas dificuldades e conquistas". O envolvimento de Araújo com o tema faz com que participe ativamente em discussões sobre comunicação junto ao governo do Estado.
Alcance
Em 18 anos de existência, o Pronera permitiu o acesso à educação formal a mais de 185 mil pessoas. O Programa é destinado principalmente a jovens e adultos das famílias que vivem em assentamentos criados ou reconhecidos pelo Incra.
Também podem participar, entre outros, quilombolas, prestadores de assistência técnica aos beneficiários atendidos pelo Incra, além de professores que atuem junto aos beneficiários das políticas públicas da entidade, em escolas dessas comunidades ou no entorno, que atendam os assentados.
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