EMPARN desenvolve projetos agrícolas para parque eólico
- ASSECOM/EMPARN
Os dois parques eólicos que foram inaugurados nesta quarta-feira (29) em Serra do Mel, na Região Oeste,
contam com a participação da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio
Grande do Norte (EMPARN) no desenvolvimento de projetos agropecuários
para as comunidades vizinhas. A Associação de Desenvolvimento
Comunitário Vila do Amazonas (Adecovam) e a Associação dos Produtores de
Caju da Vila Pará (Acopará) serão beneficiadas pela ação de caráter
sócio-econômico.
Nos parques eólicos construídos pela
empresa Voltália estão sendo investidos recursos na atividade de
agricultura irrigada em uma área de 1,93 hectare na Adecovam, e mais
1,52 hectare na Acopará, para cultivo de Erva Sal (Atriplex Nummularia),
destinada à produção de forragem. Também estão sendo desenvolvidas
atividades para o cultivo de tilápias e criação de ovinos e galinha
caipira.
O projeto da Voltália ‘Água e Renda - Água
para a vida’ exigiu a perfuração de dois poços tubulares com cerca de
200 metros de profundidade, cada um. Como a qualidade da água não é
ideal para o consumo, dois dessalinizadores vão transformá-la em água
potável. O rejeito dessa água residual será aproveitado para a geração
de renda.
Os projetos são interligados. Estão sendo
construídos dois viveiros de 20x25m em cada uma das vilas para abrigar
tilápias. Com a água da despesca - cerca de 700 metros cúbicos/mês -
colocada em um grande tanque, será irrigada a área da Erva Sal e palma
adensada, para a produção de forragem para alimentação dos ovinos que
serão instalados em três criatórios (apriscos), com 25 matrizes e um
reprodutor. A terceira fonte de renda será através da ave caipira, para a
produção de carne e de ovos. Serão 210 aves por lote.
Segundo o diretor de Pesquisa e
Desenvolvimento da EMPARN, José Simplício de Holanda, várias equipes da
empresa estão mobilizadas para implantar os projetos, e oferecer
treinamento aos colonos. “As duas vilas rurais abrigam em torno de 50
famílias cada uma, que agora vão passar a ter mais três fontes de
renda”, ressalta o diretor.
Todos esses projetos, segundo Simplício Holanda, tem prazo de conclusão de cerca de seis meses. Os acordos firmados permitem o controle e a participação das comunidades nas atividades necessárias à garantia da oferta de água de boa qualidade para as famílias beneficiadas. O formato de gestão também vai ajudar a resolver conflitos internos e possibilitar que a própria comunidade tome as decisões relacionadas aos sistemas.
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