Uma
comissão de agricultores e agricultoras familiares de municípios do Rio
Grande do Norte participaram de um encontro de intercâmbio no
Assentamento Fazenda Carrasco, município de Esperança, divisa com Alagoa
Nova, Brejo da Paraíba.
O encontro foi promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura
do Estado da Paraíba (Fetag-PB) em parceria com a Associação dos
Produtores Orgânicos da Fazenda e a Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn).
Comprado com recursos do Crédito Fundiário, o assentamento fica
localizado na Comunidade Ribeiro, divisa com o município de Alagoa Nova,
onde moram e trabalham 10 famílias de agricultores com uma produção
diversificada na agroecologia com produtos destinados a alimentação das
famílias e o excedente sendo vendida em diversos mercados a exemplo de
feiras livres (espaços agroecológicos) e programas governamentais.
O tema foi evidenciado no Programa Domingo Rural do último domingo (12)
que conversou com o assessor técnico da Fetarn, Obdon Fernandes Neto,
dialogando sobre a importância da visita, sobre o trabalho que se
desenvolve no RN e sobre a construção de intercâmbios de agricultoras e
agricultores paraibanos rumo ao estado potiguar. “Não adianta ter
conhecimentos e esse conhecimento ficar na gaveta, a gente tem que
divulgar isso, estamos trazendo agricultores do Rio Grande do Norte pra
vê as experiências do pessoal da Paraíba e temos experiências lá também
pra mostrar ao pessoal daqui depois, por isso o pessoal daqui vai fazer
uma visita a gente lá que a gente tem experiências lá diferentes dessa,
mas que quando se soma cresce e se a gente se junta, vamos crescer”,
explica aquela liderança ao falar aos ouvintes da Rádio Serrana de
Araruna AM 590 kHz na conexão com a Rádio Bonsucesso de Pombal AM 1180
kHz e Rádio Cultura de São José do Egito 1320 através do Programa
Domingo Rural.
Obdon disse que são agricultores dos municípios da região próxima ao
Litoral Macaíba, Ceará Mirim e da região do Auto Oeste Mossoró, Barauna,
Grossos dentre outros. “São agricultores que fazem agricultura irrigada
parecida com isso daqui, é um projeto que a gente tem de assistência
técnica através da Cooperativa Terra Livre lá de Mossoró que fez um
convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário pra fazer
assistência técnica, são 58 áreas de assentamento e nós escolhemos 6 que
trabalham com irrigação pra visitar o pessoal aqui de Esperança”,
explica Obdon ao dialogar com os ouvintes Domingo Rural.
Francinaldo da Silva Luna é presidente da Associação dos Produtores
Orgânicos da Fazenda Carrasco (Aprofaco), e ao conversar com nossa
equipe fez um balanço das ações desenvolvidas naquele assentamento do
Crédito Fundiário, Interpa, sobre a visita dos norteriograndenses dentre
outras informações repassadas através do Programa Domingo Rural via
emissoras parceiras.
Ele informou que todo o trabalho se faz a partir de parcerias com órgãos
e entidades diversas a exemplo da Fetag, Banco do Nordeste, Interpa,
Emater local, prefeitura dentre outras e diz que as visitas são fatos
constantes e instrumento de divulgação do trabalho que se desenvolve.
“Estamos vendendo ao governo federal na visão dos 30% na merenda, o
governo federal novamente através da Conab do PAA e a nossa
responsabilidade de procurar espaço e conseguir uma feira oriunda do
governo federal no programa de fomento em que o prefeito de Esperança
fez o convênio junto com a Secretaria de Agricultura do município onde
instalamos a feira da agricultura familiar no município de Esperança e
aí sim, termina de ser consumido o que nós temos produzido”, explica o
agricultor afirmando que são dez famílias trabalhando uma área de cerca
de 4,9 hectares cada com uma oferta de uma ampla linha de frutas e
verduras dentre outros.
Gilvan Salviano é técnico da Emater, trabalha conhecimentos assessorando
as famílias e garante que o modelo de organização faz a diferença na
cadeia produtiva naquela unidade rural agroecológica. “Quando nós
chegamos aqui essa terra não produzia, pra você ter uma idéia esses
sessenta hectares foi o que sobrou de uma propriedade de mais de
seiscentos hectares, quando tiraram as partes boas sobrou a parte ruim
que eles chamavam o Carrasco, e ao longo desse tempo nós planejamos um
trabalho de revitalização das margens do riacho, essas barragens que
vocês vêem hoje com água são todas artificiais, são todas planejadas
dentro do programa porque nós sabemos que aqui tem duas fases distintas:
é o verão e o inverno. Passou as chuvas, acabou água, e quando
terminava as águas elas se tornavam num banco de areia”, explica aquele
extensionista ao dialogar com os ouvintes do Programa Domingo Rural,
através de nossas emissoras parceiras que continuam evidenciando as
experiências no próximo domingo.
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