Região Nordeste fecha ciclo de reuniões para coleta de propostas do Ano-Safra 2016/2017
A
região Nordeste fecha, nesta terça e quarta-feira (29 e 30/03), o ciclo
de encontros, para receber sugestões de aperfeiçoamento de políticas
agrícolas e pecuárias para o país, promovidos pela Comissão Nacional de
Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA). Este último workshop ocorre no Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Natal, RN, e conta com a
participação de representantes das federações de agricultura e pecuária,
sindicatos e produtores rurais da região.
Para o presidente da Federação de Agricultura e
Pecuária de Goiás (FAEG) e presidente da Comissão Nacional de Política
Agrícola da CNA, José Mário Schreiner, a reunião pretende traduzir os
anseios dos produtores da região e atender suas reais necessidades. "É
importante lembrar que a Confederação vem, constantemente, debatendo com
as federações propostas para a melhoria da política agrícola
brasileira, com o intuito de fornecer subsídios para a elaboração do
Plano Agrícola e Pecuário”.
Schreiner explica que a iniciativa é de grande
importância, pois vai tornar o Plano Agrícola ainda mais democrático.
Ele afirma que a Confederação está organizando o conteúdo resultante das
reuniões, realizadas nas cinco regiões do país, para formular uma
proposta a ser encaminhada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa). “Podemos concluir que os workshops foram
extremamente efetivos. Retiramos deles propostas concisas que devem
trazer benefícios para o produtor", finaliza.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi,
acrescenta que o Nordeste terá um capítulo próprio no Plano Agrícola e
Pecuário, como é de praxe, uma vez que muitas demandas são específicas e
se diferem das demais regiões brasileiras. “A finalidade é captar as
diferenças e dificuldades do sistema produtivo. No caso do Norte e
Nordeste, que se diferem bastante do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as
questões climáticas e logísticas são as que mais interferem na
rentabilidade dos produtores. Por isso, é preciso uma análise mais
detalhada para contemplar todas as demandas de forma igualitária”.
Lucchi observa que mesmo tendo muitas demandas
parecidas nas regiões já visitadas até o momento (Sul, Sudeste,
Centro-Oeste e Norte), ainda há muitas discrepâncias. “No documento
final queremos colocar as proposições que estão mais ligadas a todas as
regiões, conforme as unanimidades obtidas nas reuniões”. O superintende
técnico diz que a expectativa é o Plano contemplar de forma abrangente
as diversidades brasileiras, a cultura heterogênea, além dos vários
sistemas produtivos. “Queremos preservar essa vantagem competitiva que
nós temos. Por isso, trabalhamos para manter as políticas públicas
adequadas para cada região”, finaliza.
Demandas – As principais demandas
dos produtores dizem respeito à revisão das taxas de juros de programas
específicos de investimento, à elevação do volume de recursos para
custeio e à garantia para pré-custeio. Outra reivindicação apresentada
como prioritária pela Comissão trata do alinhamento dos preços mínimos,
que estão defasados. Também é pedida a revisão dos seguintes programas:
Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na
Agricultura (ABC), Programa para Construção e Ampliação de Armazéns
(PCA), Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra),
Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos
Naturais (Moderagro) e a garantia de recursos para a subvenção ao prêmio
de seguro rural.
Workshops – O objetivo das
reuniões é construir uma proposta de política agrícola que respeite as
diferenças existentes no país. Em cada encontro foram debatidos
assuntos decisivos para o setor, tais como: crédito rural (volume de
recursos e taxas de juros), política de garantia de preço mínimo, seguro
rural, zoneamento agrícola de risco climático e demandas setoriais.
Assessoria de Comunicação CNA
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