segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Conab prevê crescimento na produção de mamona e amendoim

Os dois produtos fazem parte de um grupo de culturas menores que tem contribuído para as safras recordes nos últimos anos


Cultivo de mamona no país deve crescer 52% nesta safra (Saulo Coelho/Embrapa)

A mamona – uma das matérias-primas do biodiesel e do óleo de rícino – tem boas expectativas para a safra 2015/2016. De acordo com o quinto levantamento do atual ciclo agrícola, divulgado no início deste mês pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é que sejam plantados 125 mil hectares de mamona em todo o país, o que representa um aumento de 52% em relação à temporada anterior. A colheita é projetada em 97 mil toneladas, com acréscimo de 107% no comparativo com o período anterior. A oleaginosa faz parte de um grupo de culturas que tem contribuído para o Brasil alcançar colheitas recordes nos últimos anos, embora elas não tenham o destaque de commodities como a soja e o milho.
Maior produtor nacional da cultura, a Bahia deve ter o aumento de área mais expressivo, atribuído principalmente à cotação do mercado. A previsão é que o produto seja cultivado em 116 mil hectares, com incremento de 65% sobre a temporada anterior. A safra prevista é de 95 mil toneladas, com elevação de 116% em relação ao ciclo 2014/2015.
Outra cultura que está em expansão é o amendoim, principalmente em São Paulo. Segundo pesquisa da Conab, o estado – maior produtor brasileiro do grão – destinará 109 mil hectares para o plantio. Os dados totais relativos ao amendoim, cultivado em dois períodos, devem ser confirmados entre maio e junho. No país, a área total deve ser de 120,7 mil hectares.
O Brasil espera colher na atual temporada 414 mil toneladas de amendoim – 386 mil toneladas em São Paulo –, com um incremento de 24%. O amendoim tem grande importância econômica, principalmente na indústria alimentar.
Girassol e triticale
O girassol também faz parte desse grupo de culturas “menores”. Ele é cultivado em algumas regiões como opção de segunda safra em substituição à soja. Nos próximos levantamentos poderão ser confirmadas as 177 mil toneladas do grão, principalmente em Mato Grosso, maior produtor nacional, com 139 mil toneladas, em 86 mil hectares.


Semente de girassol é usada para extrair óleo (Daniel Medeiros/Embrapa)

A semente de girassol é usada na fabricação de óleo de cozinha e na alimentação de pássaros. A semente também tem sido usada no Brasil para a produção de biodiesel. Além disso, é uma alternativa à alimentação de gado, em substituição a outros grãos. Já a flor é vendida para ornamentação.
O triticale – uma cultura de inverno – é outro grão que aparece no grupo.  A perspectiva é que a produção chegue a 57 mil toneladas. O cultivo compreende uma área de 22 mil hectares na região Sul e em São Paulo.
Os grãos de triticale são utilizados para a alimentação animal e, em menor quantidade, na alimentação humana. Como cultura de cobertura, contribui para a manutenção do sistema agrícola, principalmente na semeadura direta na palha.

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