Brasil pode reduzir problemas do efeito estufa melhorando a criação do gado
Atualmente, a produtividade média brasileira é em torno de 45 quilos de carne por hectare. Com sistemas recuperados e melhorados, essa produtividade salta facilmente para 120 kg por hectare, em sistemas de cria-recria e engorda, gerando mais renda para o produtor rural. Pastos melhores significam mais vegetação e animais engordando em menos tempo sobre eles o que se traduz em menos emissões de gás carbônico equivalente. Por isso, a recuperação das pastagens tem potencial para reduzir em um ano a idade de abate dos animais. Um bovino adulto é responsável pela emissão de aproximadamente 1,5 tonelada de equivalente CO2 por ano. No Brasil são abatidos em torno de 40 milhões de cabeças por ano. Se metade desse rebanho for criado em sistemas mais eficientes, pode-se estimar a redução da emissão de 30 milhões de toneladas de equivalente CO2 por ano, vale lembrar que o Brasil emite 460 milhões de toneladas por ano apenas com a redução da idade de abate, sem considerar, por exemplo, a fixação de carbono no solo pelo sistema.Dados da Embrapa apontam que se 12,5 milhões a 18,4 milhões de áreas de pastagens forem recuperadas será possível aumentar a produção de carne bovina entre 2,4 milhões a 3,6 milhões de toneladas por ano, o que equivale a um aumento de aproximadamente 33%.
A maior parte das terras utilizadas na agropecuária no País está ocupada com pastagens, cerca de 180 milhões de hectares, dos quais estima-se que mais da metade encontra-se em algum estágio de degradação. Apenas 10% das pastagens brasileiras, em 18 milhões de hectares, adotam sistemas pastoris menos impactantes, como pousio, rotações e Integração Lavoura Pecuária (ILP). Só no Cerrado são 32 milhões de hectares em que a qualidade do pasto está abaixo do esperado.
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