Como se forma um furacão?
Como qualquer chuvinha, o furacão se forma a partir da evaporação de água para a atmosfera. Óbvio que o furacão não é uma chuvinha qualquer: é uma megatempestade, com torós que podem durar uma semana e ventos que ultrapassam os 200 km/h.
A evaporação de água também ocorre em grandes proporções, numa área de
centenas de quilômetros, e em condições especiais: no meio dos oceanos,
em regiões de águas muito quentes e ventos calmos. Por isso, os furacões
são fenômenos tipicamente tropicais.
No Brasil, os cientistas achavam que era impossível ocorrer algum
furacão - as águas do Atlântico Sul têm temperatura inferior aos 27 ºC
necessários para gerar o fenômeno. Mas muitos pesquisadores
mudaram de opinião em março do ano passado, quando a tempestade
Catarina atingiu o sul do país. "Naquela época, a temperatura da água
estava acima do normal, permitindo a formação do primeiro furacão
brasileiro. E a estrutura do Catarina era idêntica à de um furacão", diz
o meteorologista Augusto José Pereira Filho, da Universidade de São
Paulo (USP).
Também vale a pena esclarecer uma dúvida comum: qual a diferença entre
furacão, ciclone, tufão e tornado? Furacão, ciclone e tufão são nomes
diferentes para o mesmo fenômeno: na Índia e Austrália, as tempestades
oceânicas são chamadas de ciclones. No Japão e na Indonésia, tufões. E
na América, a denominação mais comum é furacão. Já os tornados são outra
coisa. Eles se formam no continente e são muito menores - têm entre 100
e 600 metros de diâmetro - duram alguns minutos e são bem mais
destruidores: seus ventos podem ultrapassar 500 km/h.
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