Incra e Petrobras Biocombustível irão assinar acordo para beneficiar assentados no semiárido brasileiro
A reunião ocorreu na sede da Petrobrás Biocombustível, no Rio de janeiro - Foto: Ivonete Motta
A
presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón, anunciou, nesta terça-feira
(9), um acordo de cooperação técnica a ser firmado entre Instituto e a
Petrobrás Biocombustível (PBio ). O objetivo da ação - anunciada durante
reunião na sede da Petrobrás Biocombustível (PBio), na capital
fluminense -, é otimizar a produção de biocombustível nos projetos de
assentamento localizados no semiárido brasileiro, beneficiando 4.500
famílias assentadas nas próximas cinco safras.
O
acordo está em fase final de análise e deverá ser assinado até julho
próximo. A previsão é favorecer de imediato 15% das famílias dos
assentamentos localizados nos pólos de atuação da Pbio, localizados no
semiárido (Bahia, norte de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Piauí e
Sergipe), correspondendo a 33.653 famílias assentadas pelo Incra, das
quais 1.191 já possuem contrato firmado com a subsidiária da Petrobras.
A
iniciativa prevê a assistência técnica às famílias assentadas por parte
do Incra, enquanto a Pbio, irá assegurar a compra da produção, a
capacitação dos técnicos envolvidos na assistência técnica, a aquisição
de tablets para a utilização de sistema próprio de execução, ficando o
monitoramento com o Sisdagri – que é um sistema da Petrobras
Biocombustível que faz toda a gestão do programa de controle do
biocombustível, contemplando todo o processo, desde o cadastro de
agricultores, até sua produção nas usinas.
A
presidente do Incra também anunciou a intenção de estabelecer parceria
com instituições de pesquisa como a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz
(Esalq/USP), Universidade Federal de Viçosa (UFV), dentre outras,
visando o desenvolvimento e a melhoria de novas técnicas de cultivo e
manejo do solo nas áreas de produção da matéria-prima de biocombustível.
Lúcia
Fálcon autorizou ainda a elaboração de um estudo a ser desenvolvido
pelo Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária) visando
firmar parcerias com universidades no entorno do semiárido, com o
objetivo de capacitar novos técnicos em produção de biocombustível.
Maria
Lúcia Falcón foi recebida pelo presidente da Petrobrás Biocombustível,
Alberto Oliveira Fontes Junior, e pelo diretor de Etanol, Milas
Evangelista de Souza. Fálcon estava acompanhada do diretor de
Desenvolvimento de Assentamentos, César Aldrighi e do Superintendente
Regional do Incra no Rio de Janeiro, Gustavo Souto de Noronha.
Histórico
Criada
em 2008, a Petrobras Biocombustível é líder nacional na produção de
biocombustível e a quarta colada na produção de etanol. O presidente
Alberto Fontes citou a decisão do G-7 (o grupo das sete nações mais
ricas do mundo), nesta última segunda-feira (9), de assumir o
compromisso de deixar a utilização de combustíveis fósseis nos próximos
80 anos, para confirmar a importância do biocombustível no cenário
mundial.
Os
pequenos produtores recebem o Selo Combustível Social como
participantes do projeto. Atualmente 11 mil famílias têm contratos de
compra de matéria-prima firmados. Segundo Falcón, este número poderá ser
multiplicado diante do universo de assentados e agricultores
familiares.
A
PBio possui 15 usinas em operação, sendo três próprias de
biocombustível nos municípios de Montes Claros (MG), Quixadá (CE) e
Candeias (BA). Muitos agricultores recebem assistência técnica direta da
PBIO. Os produtores de mamona contam ainda com uma linha de crédito de
custeio do Pronaf.
Assessoria de Comunicação Social do Incra
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