terça-feira, 19 de maio de 2015

EL NIÑO

O serviço meteorológico do governo dos EUA estimou que há 90% de chances de condições do El Niño se manterem durante o verão no Hemisfério Norte, um aumento na possibilidade em relação à estimativa de 70% do mês passado, mas ainda é cedo para determinar a intensidade afirma o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos.
Segundo ele, as águas do Oceano Pacífico estão com a temperatura 0,5° acima da média, o que confirma as condições do fenômeno El Niño. No entanto, explica que ainda não é possível confirmar se as condições climáticas decorrente do fenômeno vão permanecer durante a temporada 2015/16 do Brasil.
"É preciso que o Oceano Pacífico esteja quente em toda a sua extensão, mas o que estamos vendo hoje nos boletins e nas imagens é muito água fria avançando do oeste para o leste, e isso pode anular um pouco o aquecimento das águas na região central do oceano", explica Santos.
Diante disso, é muito provável que no mês de julho ocorra "um rompimento" do aquecimento das águas na região central. Sendo assim, poderemos ter novamente um período de estiagem no Sudeste, Centro-Oeste e região do Mapitoba como em 2014, afirma o meteorologista.
Os meteorologistas aguardam agora a definição sobre a velocidade com que as águas frias do oeste avançaram sobre o leste. Para Santos, nos próximos 30 a 40 dias podemos ter uma determinação sobre as condições do El Niño.
A expectativa é que a estiagem aconteça entre os meses de setembro e outubro no Sudeste e Centro-Oeste, o que pode atrasar o plantio da safra de verão 2015/16 nessas regiões. Já no Sul do Brasil, poderemos ver um volume elevado de chuvas, que também pode prejudicar as lavouras de trigo do Rio Grande do Sul.
Nas próximas semanas teremos tempo firme no Sudeste e Centro-Oeste e volta das chuvas na região Sul. De acordo com levantamento da Somar, "teremos um inverno bastante chuvoso em todos os estados da região Sul e menos chuvas tanto no Sudeste quando no Centro-Oeste", conclui Santos.
Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque

Fonte: Notícias Agrícolas          

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