Paraguai desponta como nova rota de escoamento de grãos da América do Sul
Produção cresce a cada ciclo
e leva o país a realizar novos investimentos em logística; diferencial é
o transporte fluvial, que dilui custos para a exportação. O cenário foi
apurado pela Expedição Safra em visita ao país
Com produção de grãos crescente e estrutura de exportação reforçada, o Paraguai estabelece uma rota fluvial de escoamento de soja cada vez mais movimentada. O embarque em terminais instalados nos rios Paraná e Paraguai ampliam sua área de influência gradualmente, apurou a Expedição Safra – sondagem técnico-jornalística que percorre da América do Sul à América do Norte averiguando a produção de grãos do início ao fim do ciclo – em visita de 3,5 mil quilômetros.
Com 9,1 milhões de toneladas de soja e potencial para 3,3 milhões (t) de milho, a produção total de grãos Paraguai chega a 15 milhões (t), patamar semelhante ao atingido no passado. Esse desempenho – um terço acima do verificado cinco anos atrás – estimula investimentos ligados à logística de escoamento.
“Da produção à logística, um novo Paraguai surge do agronegócio. Isso porque sua evolução na capacidade produtiva de grãos fez com que houvesse novos investimentos em logística, aumentando a participação e a importância do segmento na economia do país”, analisa Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Safra.
Logística
Sem acesso direto ao mar, a produção paraguaia chega ao Atlântico por meio de barcaças que descem os rios Paraná e Paraguai até os portos da Argentina. O transporte rodoviário, que na década de 1990 escoava mais da metade dos grãos exportados, agora tem apenas 10% da soja.
Com as restrições aos grãos transgênicos no Porto de Paranaguá no início da década passada, o Paraguai se obrigou a estruturar a rota de escoamento fluvial. Hoje conta com 3 mil barcaças e 150 rebocadores, distribuídos em mais de 30 pontos de embarque.
O modelo, ainda em estruturação, apresenta custos menores que o modelo de transporte amplamente usado no Brasil, mais dependente das rodovias. De acordo com o governo paraguaio, o país tem condições de dobrar a exportação de grãos com uso de barcaças, ultrapassando 10 milhões de toneladas e dando destino inclusive a uma parcela da produção do Brasil.
“Existe possibilidade concreta de o Brasil exportar pelo Paraguai parte da produção de soja de Mato Grosso do Sul e do Paraná. Não está descartado o embarque de grãos também de Mato Grosso. Isso depende de ajustes logísticos. No Paraguai, ainda não permite o uso de caminhão bitrem, por exemplo”, avalia Ferreira.
Continuação do roteiro
Na próxima semana, a Expedição Safra pega estrada para conferir o desempenho da produção de grãos na Argentina e no Uruguai. A viagem completa a bateria de roteiros que permitirá uma avaliação completa sobre a produção de soja e milho da América do Sul. Em 2014/15, os participantes do projeto estão percorrendo 60 mil quilômetros de estradas no Brasil e no exterior.
Apoio
Apoiam esta edição o Governo do Paraná, New Holland, Caixa Econômica Federal, Seara (com sede em Sertanópolis, PR), Agrotec (com sede em Ciudad del Este, Paraguai), consultoria FCStone, além da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), da Toyota do Brasil e do Crea-PR.
Com produção de grãos crescente e estrutura de exportação reforçada, o Paraguai estabelece uma rota fluvial de escoamento de soja cada vez mais movimentada. O embarque em terminais instalados nos rios Paraná e Paraguai ampliam sua área de influência gradualmente, apurou a Expedição Safra – sondagem técnico-jornalística que percorre da América do Sul à América do Norte averiguando a produção de grãos do início ao fim do ciclo – em visita de 3,5 mil quilômetros.
Com 9,1 milhões de toneladas de soja e potencial para 3,3 milhões (t) de milho, a produção total de grãos Paraguai chega a 15 milhões (t), patamar semelhante ao atingido no passado. Esse desempenho – um terço acima do verificado cinco anos atrás – estimula investimentos ligados à logística de escoamento.
“Da produção à logística, um novo Paraguai surge do agronegócio. Isso porque sua evolução na capacidade produtiva de grãos fez com que houvesse novos investimentos em logística, aumentando a participação e a importância do segmento na economia do país”, analisa Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Safra.
Logística
Sem acesso direto ao mar, a produção paraguaia chega ao Atlântico por meio de barcaças que descem os rios Paraná e Paraguai até os portos da Argentina. O transporte rodoviário, que na década de 1990 escoava mais da metade dos grãos exportados, agora tem apenas 10% da soja.
Com as restrições aos grãos transgênicos no Porto de Paranaguá no início da década passada, o Paraguai se obrigou a estruturar a rota de escoamento fluvial. Hoje conta com 3 mil barcaças e 150 rebocadores, distribuídos em mais de 30 pontos de embarque.
O modelo, ainda em estruturação, apresenta custos menores que o modelo de transporte amplamente usado no Brasil, mais dependente das rodovias. De acordo com o governo paraguaio, o país tem condições de dobrar a exportação de grãos com uso de barcaças, ultrapassando 10 milhões de toneladas e dando destino inclusive a uma parcela da produção do Brasil.
“Existe possibilidade concreta de o Brasil exportar pelo Paraguai parte da produção de soja de Mato Grosso do Sul e do Paraná. Não está descartado o embarque de grãos também de Mato Grosso. Isso depende de ajustes logísticos. No Paraguai, ainda não permite o uso de caminhão bitrem, por exemplo”, avalia Ferreira.
Continuação do roteiro
Na próxima semana, a Expedição Safra pega estrada para conferir o desempenho da produção de grãos na Argentina e no Uruguai. A viagem completa a bateria de roteiros que permitirá uma avaliação completa sobre a produção de soja e milho da América do Sul. Em 2014/15, os participantes do projeto estão percorrendo 60 mil quilômetros de estradas no Brasil e no exterior.
Apoio
Apoiam esta edição o Governo do Paraná, New Holland, Caixa Econômica Federal, Seara (com sede em Sertanópolis, PR), Agrotec (com sede em Ciudad del Este, Paraguai), consultoria FCStone, além da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), da Toyota do Brasil e do Crea-PR.
Fonte:
Expedição Safra - Gazeta do Povo
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