As abelhas podem ser alimentadas com alimento artificial à base de soja
Redação Nordeste Rural
Os criadores de abelhas nativas sem ferrão contam com duas dietas artificiais protéicas desenvolvidas pela Embrapa Amazônia Oriental, para a manutenção das colônias. A meliponicultura é considerada uma excelente alternativa para a geração de renda entre as populações mais pobres do campo.O pesquisador Giorgio Venturieri, diz que as abelhas se alimentam, basicamente, com pólen e néctar provenientes das flores. Nos períodos de escassez de florada, a utilização de alimentação artificial é prática habitual entre os meliponicultores. Garante a sustentabilidade da produção de ninhos e sua multiplicação em larga escala, evitando também a derrubada de árvores para a retirada dos ninhos.
As duas dietas são à base de soja, escolhida por ter alto valor protéico, ser semelhante ao pólen e ter valor comercial mais baixo que o do pólen de Apis mellifera (abelha-européia), alimento normalmente usado como substituto na alimentação de abelhas nativas sem ferrão. Foram desenvolvidas para alimentar colônias de uruçu-cinzenta (ou tiúba, no Maranhão) e uruçu-amarela – Melipona fasciculata e Melipona flavolineata, respectivamente – duas das oito espécies de meliponíneos consideradas de grande potencial para a geração de renda do pequeno produtor rural.
Compostas por saburá, que é o pólen fermentado, extrato de soja, açúcar e água, as dietas têm metodologias diferentes de preparo da mistura para adaptá-las às necessidades das duas espécies. Durante os trabalhos de elaboração da alimentação artificial para a M. fasciculata, também foi estabelecida uma metodologia de rastreamento. O alimento ingerido foi rastreado dentro do ninho e no aparelho digestivo das abelhas com o auxílio de anilina líquida colorida comestível.
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