A mosca-dos-estábulos provoca perda de peso no rebanho bovino

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 Redação Nordeste Rural 

A mosca-dos-estábulos ocorre, principalmente, em propriedades próximas à usinas de cana-de-açucar. Para  combater o inseto e minimizar seus ataques aos animais, o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, João Batista Catto, recomenda medidas atenção especial para evitar o problema.

Segundo o pesquisador, a tendência dos animais atacados pelas moscas é de se alimentarem mal e pouco. Há registros de perda de animais causados pela mosca. O gado perde o apetite, fica fraco e com o tempo fica anêmico podendo até morrer. Há prejuízos também com o rebanho leiteiro e relatos de que as moscas incomodam as vacas o tempo todo até na hora da ordenha. Por isso, a produção de leite diminui.

As propriedades de criação próximas a usinas de açúcar e álcool são as mais afetadas com o aparecimento das moscas porque os insetos são atraídos pela vinhaça – um resíduo da produção utlizado como fertilizante. Um animal pode ser atingido com picadas por 200 moscas vindo a provocar estresse, inquietação e até doenças como a anemia.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, o mais importante na prevenção é manter os ambientes limpos, tanto os estábulos quanto as àreas de pastagens. “As medidas estão relacionadas principalmente à higiene, limpeza, remoção e o destino adequado do material que pode ser por espalhamento em locais secos, bem drenados, ou então, compostagem, fazendo o manejo adequado”, destaca.

Outra alternativa é a aplicação de inseticidas, mas esta não é a solução, uma vez que a mosca-dos-estábulos não vive de forma permanente nos animais. O ataque das moscas ocorre nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, pois esses insetos não gostam de sol quente. Depois que picam os animais, as moscam descansam em lugares frescos.

“Por isso, o uso de inseticidas é recomendado só em situações de pico muito alto da infestação, mas por um curto período de tempo. Outra dica é fazer a aplicação dos inseticidas nos locais de repouso das moscas”, destaca Catto.