Enriquecer a palma forrageira com proteína garante melhor desempenho do rebanho
As pesquisas são da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa). E são coordenadas pela pesquisadora Lúcia de Fátima Araújo. O trabalho desenvolvido já conseguiu aumentar o valor protéico da palma forrageira em até 26%. A técnica consiste em misturar o levedo, que é o fermento de padaria usado na fabricação do pães, à palma. Segundo a pesquisadora, essa mudança acontece porque a palma conta com uma grande quantidade de carboidrato que, ao ser assimilado pelo substrato, se transforma em proteína.A novidade pode proporcionar maior produtividade para o criador em termos de leite e carne pois, com maior percentual de proteína, a palma forrageira atende às exigências nutricionais dos animais para manterem seu peso durante a época de estiagem. A palma enriquecida trouxe resultados positivos como alimentação alternativa para ruminantes do semi-árido. Ovinos sem raça definida tiveram um ganho de peso de 494 gramas/dia, com alimentação enriquecida com apenas 2% da levedura em 30% da ração total.
O processo de enriquecimento é simples. A palma é triturada em forrageira por duas vezes seguidas para ficar em forma de mucilagem. O fermento é adicionado à palma, misturado e deve ficar em repouso por doze horas antes de ser oferecido aos animais. Essa alimentação substitui concentrados comerciais que são utilizados na região como o milho e o farelo de algodão.
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