Os principais sinais clínicos da doença são febre e aftas (vesículas) na boca ou nos pés de animais de casco fendido. Outros sinais da contaminação são: inquietação, salivação, babeira, dificuldade de mastigar e engolir alimentos e tremores, dentre outros.
A doença nos bovinos acarreta grandes perdas produtivas diretas, que podem chegar a 25% da produção de carne e leite, abortos e mortes (no caso de animais mais jovens), além de importantes perdas indiretas como a interrupção da comercialização da carne e derivados, e de animais vivos para o mercado internacional. A ocorrência da doença afeta enormemente a abertura dos mercados aos produtos de origem animal. Para controlar e erradicar a doença é essencial preconizar o seu diagnóstico e notificar obrigatoriamente aos órgãos competentes. A partir destas medidas, é feito o isolamento da região, com a proibição de saída de animais ou venda de produtos de origem animal, sendo necessário o abate e incineração adequada de todos os animais da região contaminada. Concomitantemente ocorrem severas restrições impostas pelos principais países importadores desses produtos aos países afetados pela doença.
A OIE (World Organization for Animal Health) e o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio do PNEFA (Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa), desenvolveram medidas e trabalhos no sentido de obter reconhecimento oficial para o Brasil como um país livre da doença. Dentre as principais medidas estão o estabelecimento da obrigatoriedade do uso da vacina duas vezes ao ano, e o controle e testes oficiais de qualidade para as vacinas produzidas no país.
A prioridade do governo é a erradicação da doença no país, valendo-se da prevenção por meio da vacinação. Essa medida é tomada efetivamente em mais de 85% do rebanho brasileiro, graças a uma ação firme do governo federal.
O que preconiza a OMS (Organização Mundial de Saúde)?
A OMS preconiza o controle da febre aftosa dentro de uma campanha geral de erradicação hemisférica. Esta ação é coordenada pela Organização Pan-Americana da Saúde OPS – OMS e o Centro Pan-Americano da Febre Aftosa, PANAFTOSA-OPS-OMS, situada no Rio de Janeiro e Centro de Referencia Para as Américas Sobre Febre Aftosa, sua epidemiologia, vigilância sanitária e controle e erradicação da doença.O que preconiza o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)?
O MAPA legisla e regulamenta a Produção, Controle e Aplicação das vacinas contra a febre aftosa, controla a epidemiologia da doença no Brasil e determina o combate a doença com foco no controle e posteriormente a erradicação. Uma das formas de combater a doença é tornando obrigatória a campanha nacional de vacinação duas vezes no ano. O MAPA controla as vacinas utilizadas na campanha e define as exigências de qualidade que estas devem ter para serem utilizadas na campanha. Atualmente o MAPA esta priorizando o mantenimento do status atual da doença no Brasil para manter e ampliar o mercado internacional da carne brasileira.Também implantou uma nova técnica de controle das vacinas que estuda o seu nível de purificação, estudando sua capacidade em gerar anticorpos contra Proteínas não Estruturais (vacinas testadas para 3ABC / EITB desde janeiro de 2009).
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