quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Leilões da Festa do Boi têm faturamento 15% maior

Os leilões da edição de 2014 da Festa do Boi movimentaram R$ 3,2 milhões com a venda de 233 animais. O montante é cerca de 15% maior do que o obtido com os leilões do evento em 2013, quando o valor atingido foi de cerca de R$ 2,8 milhões. No ano passado, o evento teve quase 100 animais a mais do que neste ano. O valor médio por animal também cresceu, de R$8.400, em 2013, para aproximadamente R$ 10.700 em 2014. Os números foram divulgados pelo leiloeiro oficial da Festa do Boi, Eduardo Melo.

Embora não tenha aumentado em relação a 2013, o valor resultante das vendas do leilão dos cavalos Quarto de Milha se manteve no topo do ranking dos que mais faturaram este ano: R$ 1,5 milhão foram movimentados com a venda de 50 animais. O valor médio por animal desta raça foi de R$ 30 mil, mas os preços podiam chegar a R$ 100 mil.

O leilão que obteve o maior crescimento em 2014, no comparativo com a edição passada, foi o de Gado Guzerá. Enquanto em 2013 esse leilão obteve R$ 240 mil em vendas, neste ano, foram obtidos cerca de R$ 400 mil com a venda de 40 animais. O crescimento foi de 79%. Um dos destaques desta edição foi o leilão de cavalos da raça Mangalarga Marchador, que em sua primeira edição na Festa do Boi conseguiu o terceiro maior valor movimentado durante a 52ª edição do evento. “O pessoal do Mangalarga Marchador fez um trabalho muito consistente, com muita dedicação. Só com o leilão de Mangalaraga Marchador, mais de R$ 400 mil foram acrescidos neste ano”, ressalta o leiloeiro oficial do evento, Eduardo MeloGirolando e Sindi também tiveram crescimento nos valores movimentados na edição 2014, no comparativo com o ano passado: de 50% e 7%, respectivamente. Enquanto a primeira raça obteve R$ 360 mil, com 42 animais expostos, a segunda foi responsável por movimentar R$ 290 mil, com 33 animais.

O leilão envolvendo animais de vários tipos e raças, organizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), movimentou R$ 215 mil com a venda de 50 animais, um crescimento de 34% em relação à edição passada.

Avaliação
Na avaliação de Eduardo Melo, os resultados obtidos neste ano com os leilões foram positivos e podem ser atribuídos à qualidade dos animais expostos, que tem melhorado ano após ano. “Foi uma edição boa em termos de qualidade de animais. Quem comprou, melhorou sua genética e vai ganhar com o investimento”, comenta. “O que aconteceu neste ano é uma confirmação da força da criação do Rio Grande do Norte, em qualidade e genética”, ressalta.

Organizadora do evento, a Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc) ainda apura os resultados para divulgar nesta semana o balanço da edição. “O que podemos adiantar é que foi um sucesso absoluto. As famílias estão voltando a participar da Festa do Boi. Esse ano tivemos segurança. E os patrocinadores estão totalmente satisfeitos. Alguns já manisfestaram interesse em participar no próximo ano”, diz Antônio Teófilo, presidente da entidade. Ele acrescenta que bancos privados procuraram a Anorc para participar na edição 2015, mas pediram sigilo a respeito de suas identidades.

Os bancos participantes ainda não divulgaram os resultados dos financiamentos agrícolas e imobiliários fechados durante o evento. Procurados, Banco do Brasil e Caixa não deram retorno até o fechamento desta edição. A reportagem tentou, mas não conseguiu contato com o Banco do Nordeste.

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