segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Método ajuda a controlar a verminose em caprinos e ovinos
A verminose é um dos grandes obstáculos para as criações de caprinos e ovinos. Com o método Famacha os animais são selecionados e apenas aqueles que apresentam sintomas de infestação recebem tratamento, sem a necessidade de fazer exames laboratoriais, ao contrário do método tradicional, em que todos os animais são medicados.
O método Famacha é uma técnica simples para identificação e controle da verminose em caprinos e ovinos recomendado pelos técnicos da Embrapa Caprinos, em Sobral, no Ceará. Para saber se o animal está doente é feita uma análise da cor da mucosa dos seus olhos para verificar se há sinais de anemia, havendo ou não a necessidade de medicação. Para isso, o método dispõe de um cartão ilustrativo com a relação entre a cor dos olhos e o grau da enfermidade.

Segundo o pesquisador da Embrapa Caprinos, Luís da Silva Vieira, “é um método muito fácil de ser assimilado pelo pequeno produtor”. Os produtores são orientados a usar o cartão para observar se o animal precisa do tratamento ou não, dispensando o exame laboratorial.
Essa tecnologia capacita produtores a identificar o grau de anemia em caprinos e ovinos. O método Famacha é barato, pois o produtor só dá o medicamento para os animais que realmente necessitam. Outra vantagem é a redução da resistência dos vermes aos vermífugos, pois as drogas não são amplamente aplicadas nos animais.

Pesquisas em Barragem Submersas            
O projeto Barragem subterrânea: promovendo o aumento ao acesso e usos da água em agroecossistemas de base familiar do Semiárido do Nordeste brasileiro, que está sendo desenvolvido pela UEP Recife, é um dos premiados na primeira versão do Prêmio Mandacaru - Projeto e Práticas Inovadoras em Acesso a Água e Convivência com o Semiárido, na categoria Pesquisa Aplicada.
Para a pesquisadora Maria Sonia Lopes da Silva, da Embrapa Solos, o projeto trata de uma pesquisa sistêmica onde os agricultores, técnicos e pesquisadores estão avaliando a sustentabilidade das propriedades rurais que possuem barragem subterrânea, visando contribuir com o redesenho desses agroecossistemas do Semiárido brasileiro.
A pesquisa está sendo realizada nos estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, em parceria com outras unidades da Embrapa (Semiárido, Tabuleiros Costeiros e Algodão), ASA por meio de suas entidades associadas (Irpaa, Patac, As-PTA, Cáritas Diocesa de Pesqueira, Caatinga, Cecor e Cactus), Universidades (UFPE, UFAL, UNEB, Univasf e UFPB) e Instituto Federal (de Pernambuco e Alagoas).
 
Cruzamento de bovinos e os resultados para o pecuarista
As raças européias como a Holandesa, a Jérsey e a Pardo Suíço são grandes produtoras de leite, mas exigem cuidados e instalações especiais elevando os custos da produção. Já o bovino indiano ou zebu, como o Gir, o Guzerá e o Sindi, não necessitam de cuidados diferenciados porém a sua produção leiteira não é tão grande.
De acordo com os estudos da Embrapa Gado de Leite não existe uma vaca ideal. Tudo depende do manejo em cada propriedade. De modo geral, o cruzamento entre raças é uma boa solução para grande parte dos produtores brasileiros. No Brasil, existem raças de bovinos leiteiros de origem européia e de origem indiana ou zebuínas. Cada uma se adapta melhor a determinadas condições climáticas, exigindo manejos diferenciados.
Para o pesquisador Roberto Teodoro da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora, Minas Gerais, as vantagens do cruzamento das raças européias com as zebuínas, que têm uma boa adaptação no semi-árido oferece boas alternativas para os pecuaristas. É preciso um bom acompanhamento do plantel, pois os animais resultantes de cruzamento tendem a perder essa boa característica com os sucessivos cruzamentos, para que isso não ocorra é necessário ter sempre um bom controle do rebanho.
Redação Nordeste Rural

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