quinta-feira, 24 de julho de 2014

O TRANSPORTE SEM FREIO DOS MEUS ANOS!!!
No mais tenro verdor da mocidade
Minha pele era bela e acetinada
Vejo agora que está encarquilhada
Sem resquícios de jovialidade
Dos bons tempos, restou-me ansiedade
Insistindo, e querendo causar danos
Vez por outra interfere nos meus planos
Desmanchando meu sonho de quimera
Bota mais combustível e acelera
O transporte sem freio dos meus anos.

E pra trás deixa um rastro de lembranças
Sempre em forma de sonhos e delírios
Hoje agruras, tormentos e martírios
Ultrapassam as minhas esperanças
Dando um fim para a era das bonanças
Começando o furor da tempestade
Destruindo sem maviosidade
As pilastras da minha calmaria
Arrastando meu ser a cada dia
Para o mundo abstrato da saudade.

Mas em meio a tanta turbulência
Não carrego rancor no coração
Pois sou grato a Deus pela razão
E o motivo da minha existência
E Lhe peço que a paz e a paciência
Sempre esteja na senda a ser seguida
Se na trilha por mim já percorrida
Deixei limpo o trajeto, e o nome honrado
Ora digo Senhor muito obrigado
Pela graça de ter me dado a vida!

Carlos Aires

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