Mascagnia rigida é a planta tóxica mais
importante para bovinos na região Nordeste, causando morte súbita
associada ao exercício. O presente trabalho teve como objetivos
descrever três surtos de intoxicação por M. rigida em ovinos e um surto
em caprinos no semi-árido da Paraíba, reproduzir experimentalmente a
intoxicação em ovinos e caprinos, e comprovar a passagem do princípio
ativo de M. rigida pelo colostro destes pequenos ruminantes. Os surtos
ocorreram no início do período chuvoso, quando a planta brota antes do
que outras forrageiras ou após o final desse período, quando após
secarem algumas forrageiras, M. rigida permanece verde. Na reprodução
experimental da intoxicação por M. rigida, doses de 10 e 20g/kg de peso
animal, com as planta proveniente de duas regiões diferentes, foram
letais para três caprinos e três ovinos. Um caprino que ingeriu 20g/kg
da planta um ovino que ingeriu 10g/kg, se recuperaram. Dois ovinos e
dois caprinos que ingeriram 5g/kg tiveram sinais discretos e se
recuperaram. Tanto os casos experimentais quanto os espontâneos
apresentaram ingurgitamento das veias jugulares, relutância em caminhar,
decúbito externo abdominal, incoordenação, respiração ofegante,
depressão, instabilidade e tremores musculares. A morte ocorreu após um
curso clínico de alguns minutos a 27h40 min. As principais lesões foram
edema pulmonar e vacuolização e necrose de células epiteliais dos
túbulos renais. Para testar se o princípio ativo de M. rigida é
eliminado pelo leite causando morte súbita nas crias foi realizado um
experimento com duas cabras e cinco ovelhas que ingeriram, diariamente,
2g/kg de M. rigida, nos 15 dias anteriores ao parto. Uma ovelha que
tinha gestação gemelar abortou depois de ter ingerido a planta por 10
dias. Os cordeiros das demais ovelhas mamaram normalmente o colostro sem
aprestar sinais clínicos. O cabrito de uma cabra mamou o colostro e 5
minutos após morreu subitamente. A outra cabra pariu um cabrito
que...(AU)
Nota do Blog: A zona rural de Fernando Pedroza vem apresentando um quadro de doenças em animais, principalmente em ovinos e bovinos, que os produtores chamam de morte súbita. Talvez pela rapidez como morrem os animais. Na área do cabugi, a doença teve seu inicio na pegada do período chuvoso, apresentando atualmente um quadro regular da doença. Nas fazendas aqui próximo a Fernando Pedroza, o quadro vem se alastrando com bastante frequência. Conversei ontem com um dos principais produtores do município, Gondemário Miranda, o mesmo falou que já perdeu várias cabeças de ovelhas e de gado.
A situação é por demais séria. Até o presente não houve mobilização por parte da EMATER, no sentido de fiscalizar a doença. O estoque de vacinas em Angicos zerou, uma vez que, o mal está sendo acometido praticamente na região central do estado. Está feito o registro. Cumpra-se.
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