quinta-feira, 5 de junho de 2014

A HORA DA LIBERTAÇÃO SERTANEJA. NA CAMINHADA APERREADA DA VIDA, OS SERTANEJOS GRITAM.


Não somos gado, somos cidadãos.
1. Não queremos ser tratados como boiada. Fomos, durante anos, humilhados e tratados com desdém. Basta! Somos cidadãos livres, por isso, votemos livremente e sem medo. Voto de cabresto, jamais. Ninguém manda no nosso voto. Acabemos com esse negócio de coronelismo politico. Curral, só se for pra gado...

Cansamos de ser enganados...
2. No nosso sertão de cabra macho e mulher valente e trabalhadora, de tanto sermos enganados, esquecidos, excluídos e maltratados, não devemos votar em políticos mentirosos, desonestos etc., que não cumprem com suas promessas. Basta de enganação, de enrolação, mentira etc. Não nos tratem como ingênuos, idiotas ou eleitores de segunda categoria. Gradualmente, vamos tomando consciência de nossa cidadania. É um processo lento, mas chegaremos lá.

Fora, políticos oportunistas!
3. Da nossa fome, sede, abandono, sofrimento, dor, exclusão, vocês, políticos, não queiram tirar proveito, feito urubus em cima de carniça. Sabemos que essa gente, de gravata e paletó, na sua maioria, visa tão somente o poder pelo poder, com suas eternas mordomias. Para tal intento, usam de todos os artifícios maldosos para manipular os eleitores menos conscientes.
Povo manipulado, é povo escravizado; e povo escravizado, faz bem aos maus políticos.

Estamos tomando consciência de nossa cidadania
4. Devemos dar um basta à dependência, à humilhação e ao comodismo. Troquemos os verbos pedir, humilhar, pelos verbos EXIGIR, COBRAR, REIVINDICAR, LUTAR. Somos cidadãos, portadores de plenos direitos. Por isso, vamos exercer nossa cidadania com coragem e determinação. Nada de comodismo e medo. Aprendamos a pressionar democraticamente, pacificamente, respeitosamente, os governantes, através de mobilizações, dos meios de comunicação social (Televisão, internet, rádio, jornais...) etc. Usemos todos os meios viáveis que estão ao nosso alcance. Povo consciente e unido tem força para mudar o rumo da história. Lutar pelos nossos direitos deve ser nossa bandeira de luta.
Os dirigentes políticos (Prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores, presidente) nada fazem por caridade ou favor, porque são bonzinhos, sensíveis, caridosos, mas por estrita obrigação. Eles são eleitos para trabalhar. E para isso, são muito bem remunerados. Vamos fiscalizá-los.

Queremos políticas publicas eficazes voltadas para o sertão.
5. Lutemos por políticas públicas voltadas para a qualidade da educação, da saúde, da segurança etc. Não esquecendo também da luta por moradia, saneamento básico, politica de recursos hídricos, políticas publicas de geração de emprego e renda, pela implantação de mais campus universitário no sertão.

Fábrica de voto, nunca mais.
6. Senhores dirigentes políticos, vocês não nos enganam mais. A gente começa a entender que atraso generalizado, sofrimento, dependência, pobreza, seca, fome, sede, miséria e dependência são fábricas de votos. É por isso que nunca buscaram soluções concretas para os reais problemas sertanejos. Só lhes interessam politicas paliativas. Estamos começando a entender o mistério.
O nosso refrão é outro: paliativo, não! Solução, sim!

Vamos votar com responsabilidade
7. Não votemos aleatoriamente, cegamente. Pensemos antes de nos comprometer com quaisquer candidatos. Não votemos movidos pela paixão, pelos discursos emocionantes, recheados de belas e celestiais promessas, pela aparência física, pelo tradicionalismo familiar ou pelos brilhos festivos das campanhas. O futuro de nossa região está em nossas mãos. Votemos com seriedade e responsabilidade. Valorizemos nosso voto, que é nossa maior arma cidadã.
Sertanejos que votam mal, vivem mal.

Exigimos tratamento cidadão
8. Ainda é assim. Nada mudou. A maioria dos políticos vem ao sertão somente buscar nossos votos. São os famosos políticos “relâmpagos”. Para estes, o que vale não é a nossa pessoa humana, nosso ser cidadão, mas nosso título de eleitor. E para enganar-nos chegam prometendo o céu e a terra.
Deixemos de ser ingênuos, inocentes, e digamos firmemente: exigimos tratamentos dignos, respeitosos e sérios. Queremos ser tratados como cidadãos, e não como meros apertadores de teclas de urnas eletrônicas ou massa de manobra.

Sertanejo consciente não vende seu voto
9. Não comercializemos nosso voto, que é nossa poderosa arma cidadã. Ora, vender ou trocar voto por quaisquer coisas (Feira, material de construção, passagens, óculos, roupa, remédio etc.) é um grave atentado a nossa dignidade, a nossa cidadania, e é crime eleitoral. Dá cadeia. Só eleitores “cegos”, irresponsáveis, interesseiros, são capazes da prática dessa maldita comercialização eleitoral.
Candidatos e eleitores que negociam votos não estão pensando no bem estar da região, do povo, mas buscando seus próprios interesses. Além disso, estão contribuindo com o agravamento da corrupção e da negligência politica.

Tomemos cuidado com os supostos candidatos angelicais.
10. Tenhamos cuidado com os candidatos disfarçados de santidade. E são muitos neste tempo. São caridosos, humildes, sorridentes, alegres, soltando beijinho pra lá e pra cá, abraçando todo mundo. Seus discursos são emocionantes, atrativos, comoventes. Nesta época eleitoral, são assíduos frequentadores de igrejas (Missas, Cultos...) ou manifestações religiosas (Procissões, festas de padroeiros...). Desconfiemos desses santinhos no nosso meio. Esses anjos só aparecem em época de eleição, prometendo o céu e a terra. Quando ganham, levantam voo para a capital em busca de suas mansões. E nós ficamos chupando o dedo.
Muito cuidado com a “embalagem” bonita, atrativa, sedutora. É aí onde muitos cidadãos se enganam.

Abaixo o voto tradicionalista
11. Não votemos em determinado candidato por questão de tradição familiar, porque é de família nobre, rica, importante e influente na sociedade. Todo cidadão é importante, tem o mesmo valor, a mesma dignidade, não importa a classe social. O que importa é que tenha comportamento ético-moral, seja cidadão comprometido com as causas sociais, sobretudo com a justiça social, com verdadeiras políticas públicas direcionadas a todos, de modo particular à população mais pobre, e não se aproveite do poder visando dinheiro, status e mordomias para si, sua família e amigos. Como é notório, o poder não é meio de vida, é serviço.
Devemos acabar, através do voto consciente, com a perpetuação de gente “bacana” no poder. O poder é do povo, logo, o povo tira e bota.

Padre Djacy Brasileiro

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